O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, em reunião com o ministro da Defesa, José Múcio, que não vai tomar posição em favor de nenhum lado a respeito do conflito entre Venezuela e Guiana. O próprio Múcio falou sobre o tema na última sexta-feira, 8.
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À emissora CNN Brasil, o ministro da afirmou que Lula ressaltou que o Brasil não apoiará nenhuma arbitrariedade. Múcio acrescentou que a questão entre os dois países deve ser resolvida no campo diplomático.
“O presidente estava tranquilo”, explicou Múcio, sobre reação do petista em relação à situação envolvendo o território de Essequibo, área da Guiana que o ditador Nicolás Maduro, da Venezuela, deseja invadir. “Disse que o Brasil não apoia nem apoiará nenhum ato de arbitrariedade e que a coisa precisa ser resolvida no campo diplomático.”
Múcio também afirmou que não há elementos suficientes para confirmar um conflito armado entre Venezuela e Guiana. De acordo com ele, “a comunidade internacional vai cuidar do resto”. O ministro do também disse que “cabe à Defesa agora monitorar suas fronteiras”.
Lula não critica Maduro publicamente
Enquanto o ministro da Defesa afirma que o Brasil não aceitará nenhuma arbitrariedade na América do Sul, Lula evita criticar publicamente Maduro. Algo diferente em relação a outras disputas internacionais.
Calado em relação à promessa de o ditador venezuelano invadir parte da Guiana, o petista lança críticas recorrentes às contraofensivas de Israel. Ele chegou, por exemplo, a .
Em relação à questão entre Venezuela e Guiana, Lula disse que é necessário “bom senso” por parte dos dois países sul-americanos — apesar de um dos lados da história, a Guiana, não anunciar o interesse de invadir o território venezuelano.
Lula não citou nem o ditador da Venezuela nem o referendo que Maduro realizou em 3 de dezembro. Na ocasião, os eleitores venezuelanos votaram a favor das medidas que podem levar à anexação de 74% do território da Guiana. No entanto, houve baixa adesão.
O Exército brasileiro informou, na quarta-feira 6, que vai aumentar suas tropas militares na fronteira com a Guiana. Isso porque as Forças Armadas detectaram um aumento do número de militares venezuelanos no mesmo local.
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Fonte: revistaoeste