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Guiana: o país que alcançou um PIB de US$ 15 bilhões e desperta interesse da Venezuela

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A Guiana, ís vizinho da Venezuela, era uma das nações mais pobres do Hemisfério Ocidental. Até que as autoridades locais descobriram bilhões de barris de petróleo na região, em 2015.

A partir disso, a vida de seus 800 mil habitantes melhorou. Para ter uma ideia, o Produto Interno Bruto (PIB) do país atingiu US$ 15,36 bilhões, em 2022.

Guiana Venezuela | Parte das águas do Rio Essequibo, território em disputa com a Venezuela, abrigou parte do petróleo encontrado em 2015 | Foto: Divulgação/Google MapsGuiana Venezuela | Parte das águas do Rio Essequibo, território em disputa com a Venezuela, abrigou parte do petróleo encontrado em 2015 | Foto: Divulgação/Google Maps
Parte Das Águas Do Rio Essequibo, Território Em Disputa Com A Venezuela, Abrigou Alguma Quantidade Do Petróleo Encontrado Em 2015 | Foto: Divulgação/Google Maps

Uma parte do petróleo foi encontrada nas águas do Rio Essequibo, região que, atualmente, está em disputa..

No próximo domingo, 3, um referendo vai consultar a população venezuelana sobre essa ideia. No entanto, a Guiana já se pronunciou contra essa possível anexação

A formação histórica da Guiana

A Guiana é o único país da América do cuja língua oficial é o inglês. Essa característica é herança do período em que o país era colônia do Reino Unido, no século 17. A maioria da população, porém, tem como primeiro idioma o crioulo da Guiana, cuja base é o inglês. 

Saiba mais: “Brasileiros representam 30% da população da Guiana Francesa

Outras línguas influenciaram o idioma, como o holandês, o arawak, o karib, o bhojpuri, o akan, o kikongo e o yoruba. Todos resultantes da colonização holandesa e da presença africana, indiana e indígena no país, o que reforça a sua diversidade étnica. 

A população é formada principalmente por negros e descendentes de indianos que migraram para a Guiana depois da abolição da escravidão. Há ainda indígenas de diversas etnias — algumas delas, como a Wapishana e a Macushi, também presentes no Brasil — e descendentes de colonizadores europeus e imigrantes chineses.

Como se deu o salto econômico da Guiana, alvo da Venezuela

O país teve grande parte de sua economia nas mãos do Estado, com diversas estatizações entre as décadas de 1960 e 1980. Depois disso, a Guiana passou por um processo de privatização de muitas empresas na década de 1990, com o apoio do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.

Há alguns anos, o PIB do país estava entre os mais baixos da América do Sul — em 2015, ano da descoberta do petróleo, a soma das riquezas atingiu US$ 4,28 bilhões. Em 2020, pulou para US$ 5,47 bilhões e, em 2022, alcançou US$ 15,36 bilhões. Isto é, um crescimento de quase 360% em sete anos. Atualmente, estima-se que a Guiana tenha uma reserva de mais de 11 bilhões de barris de petróleo, segundo o Banco Mundial.

No ano passado, o petróleo foi quase 90% do total das exportações do país. Antes dessa descoberta, o açúcar, o , a bauxita, o camarão, a madeira e o arroz eram a base da economia da Guiana e continua representando 90% do que o país exporta.

A capital, Georgetown, é o centro cultural e financeiro do país, com uma população de mais de 200 mil habitantes.

Culinária guianense e atrações turísticas 

Para chegar a Georgetown, é necessária uma conexão na Cidade do Panamá, na América Central. São dois voos, sendo o primeiro por quase sete horas e o segundo, três horas e meia. Ida e volta custam entre R$ 5 mil e R$ 15 mil, a depender da época e da companhia aérea.

A Guiana oferece praias do Caribe, no norte, e Floresta Amazônica, no sul. As Cataratas de Kaieteur, de 226 metros, por exemplo, são um dos pontos turísticos, assim como o Rio Essequibo, nome do território em disputa com a Venezuela. 

Há ainda o Museu Nacional em Georgetown, que abriga os relatos históricos da nação. Além dele, a catedral anglicana de São Jorge, feita de madeira, e o mercado Stabroek, o maior do país.

Leia mais: “Entrevista com o ditador, reportagem de Silvio Navarro para a Edição 99 da Revista Oeste

Fonte: revistaoeste

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