De acordo com o estudo de mobilidade do Mobility Consumer Index 2023, produzido pela EY, 88% dos brasileiros preferem usar o carro próprio no dia a dia para trabalhar ou estudar enquanto que a média global está em 80% levando com conta 20 países e 15 mil entrevistados.
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Outro dado interessante do estudo é que apenas 56% das pessoas no Brasil afirmaram que usam transporte público para o mesmo fim, o que é outro índice abaixo da média global, de 62% e bem menos que de alguns países em desenvolvimento como Índia (85%) e México (66%). Isso contribui com os enormes congestionamentos em grandes cidades brasileiras como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
Ainda entre os fatores que têm prejudicado a fluidez do trânsito nas principais capitais do Brasil está a baixa adesão ao trabalho remoto, embora a média no Brasil esteja ligeiramente acima da global. O levantamento diz que 27% dos respondentes disseram que estão trabalhando remotamente de três a quatro vezes por semana – contra 24% da média dos outros países que entraram no estudo.
Com boa parte das pessoas voltando a trabalhar fora de casa depois da pandemia, conforme dados da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) a redução na lentidão do trânsito de São Paulo tem sido maior nas segundas e sextas-feiras. De forma geral, durante os dias úteis, a lentidão caiu 32% em comparação com 2019.
A diminuição do uso do carro e do transporte público (dos ônibus mais precisamente, já que a maioria ainda é movido a combustão) por causa do trabalho remoto ou híbrido contribui para os esforços contra o aquecimento global, de acordo com estudo da Cornell University em parceria com a Microsoft.
O trabalho totalmente remoto, segundo os pesquisadores, pode reduzir em 54% a pegada de carbono de um profissional. Já o trabalho remoto de dois a quatro dias por semana pode trazer redução de até 29% nas emissões de gases de efeito estufa (GEE).
Eletrificação ajuda o meio ambiente
Para diminuir a poluição e os efeitos do aquecimento global, os carros eletricados têm sido apontados entre as soluções. Com isso, estimativas dão conta de que, em 2045, as vendas de modelos apenas a combustão caiam para menos de 1% do mercado automotivo global. No Brasil, porém, fatores como a baixa renda da população e o alto preço dos veículos eletrificados, esse índice não será o mesmo.
Mesmo assim, considerando o tamanho da frota do país, composta por 60 milhões de veículos, há enorme potencial no mercado de VEs para os próximos anos. O desafio, além de baratear os veículos para o consumidor, será gerar eletricidade para atender à demanda adicional: acréscimo de 270 GW de capacidade instalada no país. O caminho será recorrer às fontes renováveis de energia, como solar, eólica e hidrogênio verde.
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Fonte: autoo