Buenos Aires e Mendoza são as duas primeiras cidades da América do Sul a terem restaurantes selecionados pelo Guia Michelin. Um total de 71 restaurantes foram recomendados pelos avaliadores, sendo que um estabelecimento recebeu duas estrelas e seis receberam uma estrela. A pontuação máxima, de três estrelas, não foi atribuída a nenhuma casa.
Sete restaurantes receberam a distinção Bib Gourmand, atribuído aos estabelecimentos que oferecem uma culinária de qualidade a preço moderado, e outros sete restaurantes receberam a chamada “Estrela Verde”, por seu compromisso com a gastronomia sustentável.
Duas estrelas
O Aramburu, em Buenos Aires, foi o único restaurante a receber duas estrelas pelo Guia Michelin. O chef-proprietário Gonzalo Aramburu trabalha com um menu degustação de 18 etapas utilizando produtos argentinos e sazonais. O estabelecimento, no bairro da Recoleta, tem todas as mesas voltadas para a cozinha aberta, de forma que todos os clientes possam acompanhar o trabalho do chef e sua equipe. A casa já era presença constante no Latin America’s 50 Best Restaurants, a versão latino-americana de um dos mais celebrados prêmios da gastronomia: ficou em 43º lugar em 2020, 28º em 2021 e 36º em 2022. O menu degustação do Aramburu custa 90 mil pesos ou 120 mil pesos com harmonização de vinhos (cerca de R$ 457 e R$ 609, respectivamente, considerado o câmbio paralelo). As reservas devem ser feitas pelo site.
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Uma estrela
Dois restaurantes em Buenos Aires receberam uma estrela pelo Guia Michelin. Um deles foi o Don Julio, restaurante que serve a autêntica parrilla portenha em um casarão do século 19 no descolado bairro de Palermo. Não espere por receitas criativas ou apresentações milimetricamente pensadas: a casa se destaca pelos cortes de carnes de excelente qualidade, vindas do seu próprio açougue. Outros ingredientes têm como origem duas fazendas e uma horta urbana que pertencem ao próprio restaurante, cuidado que também levou a casa a receber do Guia Michelin a Estrela Verde. Por fim, o restaurante também levou o Prêmio Sommelier pelo trabalho de Martín Bueno. O Don Julio esteve no topo Latin America’s 50 Best Restaurants em 2020, ficou em 10º lugar em 2021 e voltou ao pódio com o 2º lugar em 2022. Reservas aqui.
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Outra casa de Buenos Aires a ser distinguida com uma estrela pelo Guia Michelin foi o Trescha. Dirigido pelo chef Tomás Treschanski, o restaurante em Villa Crespo é um verdadeiro laboratório gastronômico em que o menu degustação de 15 etapas, alterado a cada três meses, utiliza uma variedade grande e criativa de técnicas e ingredientes. Tomás, que tem apenas 25 anos, também foi reconhecido pelo seu trabalho como jovem profissional e recebeu do Guia Michelin o Prêmio Jovem Chef. Reservas aqui.
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Já em Mendoza, o Guia Michelin distinguiu com uma estrela quatro restaurantes. O Azafrán, a poucas quadras da Plaza Independencia, no centro da cidade, tem decoração rústica que remete a um antigo armazém devido às prateleiras exibindo uma porção de garrafas e potes de vidro. Trabalha com ingredientes de fornecedores locais e oferece três opções de menus degustação contemporâneos: o de três etapas custa 34.500 pesos (cerca de R$ 177 no câmbio paralelo), o de quatro etapas custa 42 mil pesos (R$ 215) e o de nove etapas, 54 mil pesos (R$ 277). Reservas aqui.
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O restaurante de decoração minimalista Brindillas fica mais exatamente na cidade de Luján de Cuyo, na porção sul da província de Mendoza, e também homenageia os produtos locais. Aqui, porém, eles ganham influências internacionais e uma abordagem mais moderna nas duas opções de menu degustação. Reservas pelo Whatsapp + 54 261 559 8684.
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A Casa Vigil é na realidade uma vinícola boutique na cidade de Maipú onde vive Alejandro Vigil, a personalidade mais emblemática da viticultura mendocina que está por trás dos rótulos da Catena Zapata e El Enemigo. Por isso, a experiência começa com uma visita pelo pomar, pelos vinhedos e pelo edifício principal, que foi inspirado na obra A Divina Comédia, de Dante Alighieri. Só então chega-se ao restaurante, onde são servidos menus contemporâneos feitos a partir de ingredientes sazonais e regionais. Além de uma estrela, o Guia Michelin também concedeu à Casa Vigil a Estrela Verde por suas iniciativas sustentáveis. Reservas aqui.
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Outro a receber tanto a estrela tradicional quanto a Estrela Verde foi o Zonda Cocina de Paisaje, que fica dentro da bodega Lagarde na cidade de San Martín. O restaurante utiliza produtos colhidos na sua própria horta orgânica, que pode ser visitada. Há três opções de menus degustação harmonizados com vinhos, que custam 55 mil pesos com quatro etapas (cerca de R$ 282 no câmbio paralelo), 65 mil pesos com cinco etapas (R$ 333) e 80 mil pesos com seis etapas (R$ 410). Reserve aqui.
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Estrela Verde
Além do Don Julio, da Casa Vigil e do Zonda Cocina de Paisaje, mencionados acima, mais quatro restaurantes também foram reconhecidos com a Estrela Verde pelo Guia Michelin. Comecemos pelos três que ficam em Buenos Aires.
O Anchoita, que aparece em 73º lugar na lista estendida do Latin America’s 50 Best Restaurants de 2022, se destaca pela charcutaria artesanal de suínos de criação própria, peixes de água doce e uma vasta seleção de queijos argentinos. Os vegetais que acompanham os pratos vêm de uma horta própria ou de produtores orgânicos. Fica no descolado bairro de Chacarita. Reservas aqui.
O Crizia, que brilha com os peixes e frutos do mar, tem como fornecedores pequenos produtores de toda a Argentina. A casa em Palermo Hollywood também apareceu na lista estendida do Latin America’s 50 Best Restaurants de 2022, em 66º lugar. Reservas aqui.
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O El Preferido de Palermo, por sua vez, ocupa um casarão rosado de 1885 e pertence aos mesmos donos do Don Julio. Chama atenção pela charcutaria artesanal e pelos legumes cultivados de forma orgânica pelo próprio restaurante. O Guia Michelin destaca o sirloin à milanesa, frito quase sem óleo e acompanhado de um molho de tomate adocicado. Em 2022, a casa já tinha sido reconhecido com o 22º lugar na lista do Latin America’s 50 Best Restaurants. Reservas aqui.
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Na província de Mendoza, o Riccitelli é um bistrô construído dentro da vinícola Matias Riccitelli, em Luján de Cuyo, a partir de contêineres reutilizados. O menu destaca receitas tradicionais mendoncinas e emprega principalmente ingredientes cultivados na propriedade – por isso, muitos pratos são vegetarianos. Harmonizado com os vinhos da casa, o menu degustação de seis etapas custa a partir de 49 mil pesos (R$ 251) e o de sete etapas, 72 mil pesos (R$ 369). Reservas aqui.
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Bib Gourmand
O Guia Michelin destacou sete restaurantes, todos eles em Buenos Aires, que oferecem uma culinária de qualidade a preço moderado.
O Anafe prepara pratos para serem compartilhados que tem influências mediterrâneas, judaicas e asiáticas no bairro de Palermo. Reservas aqui.
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O Bis Bistró é uma espécie de irmão mais novo do Aramburu, que recebeu duas estrelas pelo Guia Michelin, já que também é comandado pelo chef Gonzalo Aramburu e fica na Recoleta. Aqui, o ambiente remete a um bistrô da década de 1950 e o menu dá um toque moderno à receitas tradicionais. Reservas aqui.
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O Mengano é um restaurante despretensioso em Palermo que serve pequenas porções de tapas, como empanadas. Reservas aqui.
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No Caseros, como o próprio nome sugere, a proposta é servir pratos caseiros, de preparos simples, mas ricos em sabores. Também faz scones, muffins e pães artesanais, que são exibidos no janelão de vidro, para comer na hora ou levar para viagem. Fica em San Telmo. Reservas pelo Whatsapp +54 9 11 3662-1659.
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O La Alacena é um restaurante italiano de clima informal em Palermo que se destaca pelas massas feitas artesanalmente. Reservas aqui.
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As opções de pratos são variadas no Reliquia, em Palermo Hollywood, onde o Guia Michelin destaca a entradinha de brioche com mateiga defumada, o agnolotti e o churrasquito de cerdo laqueado. Reservas aqui.
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Por fim, também recebeu o reconhecimento Bib Gourmand o República del Fuego, na Recoleta, onde o tradicional churrasco argentino ganha apresentações caprichadas. Reservas aqui.
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Veja a lista completa de restaurantes avaliados pelo Guia Michelin em Buenos Aires e em Mendoza
Fonte: viagemeturismo