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Verônica Laino: Os benefícios e impactos da dieta restritiva na saúde – o que você precisa saber

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Para reduzir peso precisamos de um déficit calórico, ou seja, devemos gastar mais do que ingerir calorias. Com isso, muitas pessoas tendem a seguir dietas extremamente restritivas em busca de reduzir o peso de forma rápida, mas até que ponto isso é benéfico?

O primeiro ponto a se levar em consideração é que nós temos um metabolismo basal, ou seja, existe uma quantidade mínima de calorias que nosso corpo necessita por dia para se manter vivo e funcionando.

Toda vez que consumimos menos calorias que o nosso metabolismo basal dizemos para nosso corpo que as coisas não estão indo muito bem, quase como se a gente acendesse uma luz de alerta dentro do corpo, com isso ele passa a priorizar a queima de massa muscular ao invés de gordura corporal, o que leva ao emagrecimento rápido, porém sem qualidade, já que o foco da pessoa passa a ser peso na balança e não o percentual de gordura.

Ao passo que, se fizermos uma dieta com déficit calórico, porém respeitando o mínimo que precisamos consumir, ou seja, seu metabolismo basal, o corpo tende a priorizar a gordura como fonte de energia e no final do emagrecimento a pessoa terá reduzido sim o peso, no entanto, o peso eliminado será de qualidade.

Outra vantagem de focar na redução de gordura corporal ao invés apenas de peso na balança é que quando não há redução de massa muscular não temos alteração na taxa do metabolismo basal, com isso nosso metabolismo não fica lento, o que evita um efeito sanfona no futuro.

É importante entender que o corpo precisa deste mínimo, quase como se fosse as contas básicas da nossa casa, como: aluguel, água, luz e telefone. O corpo, mesmo em repouso, precisa manter as funções básicas como respirar, manter o sangue circulando e a manutenção da temperatura corporal.

Além do metabolismo lento e da redução de massa muscular, as dietas restritivas levam a uma deficiência nutricional e muitas vezes desencadeiam distúrbios alimentares como compulsão alimentar, além de reduzir a energia e disposição do indivíduo. Existe ainda um impacto negativo na saúde hormonal, podendo interferir até na função da tireoide.

Para saber se o consumo de calorias está sendo abaixo do ideal, podemos utilizar a fórmula de bolso para ter uma ideia se estamos muito longe do ideal. A fórmula é bem simples, basta multiplicar seu peso por 20 e o resultado será a quantidade de calorias a ser consumida.

Então se pegarmos uma mulher de 80 kg que deseja reduzir peso, ela deve seguir uma dieta de 1.600 kcal, isso para ela seria uma dieta com déficit calórico que proporciona uma redução de no mínimo 2 kg por mês, totalizando até 24 kg em um ano. Esse tipo de abordagem promove uma redução de peso lenta e gradual, que leva a uma mudança real do estilo de vida e com isso uma manutenção do peso.

O valor calórico deve ser sempre recalculado, por isso eu gosto de propor minimetas, ou seja, se a pessoa pesa 80 kg e deseja chegar nos 60 kg, podemos criar 4 minimetas e recalcular o consumo calórico a cada 5 kg eliminados, assim a dieta vai acompanhando o novo metabolismo dela.

Apesar de vivermos na era do imediatismo, precisamos entender que a redução de peso deve ter como foco principal a saúde, por isso é importante se alimentar bem dentro do limite saudável.

O que eu explico para os meus pacientes é que na verdade a redução de peso é uma consequência de uma deita com foco em saúde e longevidade. Que quando vamos devagar e sempre a redução de peso é duradoura e não temos mais problemas com o efeito sanfona.

Fonte: uol

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Carlos Miranda

Business consultant | Gastronomo | Chef Executivo | Pitmasters | Chef proprietário OSSOBUCO Outdoor Cooking