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Política

Partido contesta no STF ‘procuradoria da verdade’ instituída por Lula

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O Partido Liberal (PL) ajuizou no Supremo Tribunal Federal (STF) uma ação para extinguir a Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia, criada em janeiro pelo presidente , que já funciona como um “ministério da verdade”, óão de censura do governo distópico de 1984, de George Orwell.

+ no site da Revista Oeste.

A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) foi ajuizada há uma semana e distribuída ao ministro Dias Toffoli. Nela, o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, pede uma liminar para suspender imediatamente a “procuradoria da verdade”.

O principal argumento do PL é que o órgão já começou a perseguir quem critica o governo. O partido cita a determinação do advogado-geral da União, Jorge Messias, de investigar o jornalista Alexandre Garcia, .

Para Messias, o profissional fez uma “campanha de desinformação” ao reproduzir questionamentos de prefeitos de cidades gaúchas sobre o funcionamento de barragens e pedir investigação sobre os fatos.

O PL afirma, na ação, que a atuação da AGU, por meio de uma “procuradoria da verdade”, é arbitrária e contraria a Constituição Federal, que garante, em reiterados artigos, a liberdade de informação, de imprensa e de expressão. “A mera possibilidade de a Advocacia-Geral da União, a partir de uma de suas procuradorias, voltar sua atuação, já que sua atuação apenas para críticos do governo atual e, , interferindo gravemente na liberdade de expressão e de manifestação da imprensa, é suficiente para demonstrar a falta de pertinência Constitucional do ato normativo aqui questionado”, defende o partido.

‘Procuradoria da verdade’ de Lula afronta liberdade de expressão

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‘Procuradoria Da Verdade’ De Lula Instaurou Investigação Contra Jornalista | Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

O PL lembra que órgãos de imprensa, como o Estadão, criticaram a perseguição. O jornal paulista, em setembro, “. “Não cabe ao Estado ter censores da verdade, que, como se pôde constatar agora, são usados apenas contra os inimigos do governo.”

Para o PL, o “ministério da verdade” de Lula “coloca em xeque a preservação da dignidade da pessoa humana e evidencia a ofensa à liberdade de expressão e à imprensa livre”. O partido lembra que o termo “desinformação” nem sequer consta da legislação brasileira e, por isso, pode receber interpretação conveniente à ideologia do partido que governa.

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“A possibilidade jurídica de se instaurar um procedimento administrativo e/ou judicial, ou mesmo de se processar um jornalista, pela prática de suposta desordem informacional acerca de política pública viola, flagrantemente, preceitos fundamentais”, sustenta a legenda. E vai além: “É dizer: tudo aquilo que o entender como inadequado a seus interesses poderá ser classificado como desinformação e, assim, ‘legitimar’ a atuação persecutória da novel Procuradoria de Defesa da Democracia.”

O relator poderá analisar o pedido de liminar diretamente ou, antes, notificar a AGU e a Procuradoria Geral da República. 

Pelo menos dois deputados federais — (União-PE) e (PP-MS) — protocolaram projeto de decreto legislativo para suspender o Decreto 11.328/2023, mas essas propostas ainda não foram votadas na Câmara Federal.

Fonte: revistaoeste

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