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Economia

Gestores reduzem expectativas em relação ao desempenho do Ibovespa, aponta pesquisa do BofA

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De acordo com o levantamento mensal do Bank of America (BofA), os gestores de fundos de investimento estão cada vez menos otimistas com o desempenho da bolsa brasileira nos próximos meses.

A maioria dos entrevistados (quase 45%) vê o desempenho do Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) entre 120 a 130 mil pontos até o fim de 2024.

Na cotação atual do índice, desta quinta-feira, 26, seria necessário ter uma alta de cerca de 12% até o fim de 2024, para que as previsões se concretizassem.

No levantamento do mês de passado, as previsões eram de 130 a 140 mil pontos.

A piora nas expectativas é em razão das incertezas em relação ao conflito no Oriente Médio, entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

Além disso, as altas taxas de juros americanas levaram a uma liquidação dos títulos públicos de dívida de longo prazo, o que também afetou as expectativas e previsões.

Brasileiros só devem voltar a investir na bolsa quando Selic cair para 10% a.a., diz BofA

De acordo com a análise dos gestores consultados pelo BofA, os brasileiros devem voltar a investir no mercado de ações somente quando a taxa Selic atingir o patamar de 10% ao ano.

Os entrevistados divergem em relação às expectativas para a Selic no final do ciclo de cortes que está acontecendo atualmente:

Alguns gestores veem os juros entre 9,75% e 9,5%, e outros estimam uma maior taxa, de 9,75% a 10,5% ao ano. Atualmente, a taxa básica de juros da economia brasileira (Selic) está em 12,75% a.a.

A respeito do dólar, as estimativas são de que a moeda norte-americana fique na faixa de R$ 4,81 a R$ 5,10 no encerramento de 2024.

Conforme informado pelo BofA, metade dos consultados pretende elevar seus investimentos em ações no semestre seguinte, mantendo-se alinhados à pesquisa anterior.

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Levantamento Do Bofa Diz Que Brasileiros Só Devem Voltar A Investir Quando Selic Cair Para 10% A.a. | Foto: Gustavo Scatena/B3

Entretanto, diante de um cenário internacional mais complexo, somente 9% deles afirmaram estar assumindo riscos acima do comum, um número inferior à média tradicional de 21% encontrada nas pesquisas.

Mesmo assim, apenas 29% optaram por implementar estratégias defensivas em suas carteiras de investimento contra possíveis grandes declínios no mercado de ações, um índice inferior à média que gira em torno de 35%.

Os altos juros nos EUA são vistos como o principal desafio para a área, conforme os investidores entrevistados. Em seguida, destacam-se um dólar valorizado e implicações emergentes da China e do cenário das commodities.

Os segmentos mais visados para posições overweight (acima da média do mercado, indicando compra) são energia, finanças e utilities.

Em contrapartida, os setores mais voltados para posições underweight (inferiores à média do mercado, sinalizando venda) estão nos bens de consumo, telecomunicações e indústria.

O estudo Latam Fund Manager Survey do BofA, realizado em outubro, contou com a participação de 34 administradores de fundos, responsáveis por um montante de US$ 103,5 bilhões em ativos geridos.

Fonte: revistaoeste

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