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Economia

Country Garden, a principal incorporadora imobiliária da China, enfrenta desafios financeiros sem precedentes.

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A Country Garden, a maior incorporadora da China, informou nesta terça-feira, 10, à Bolsa de Valores de Hong Kong que não será capaz de honrar uma parcela de títulos da dívida no mercado internacional no valor de US$ 60 milhões.

Os papéis venceriam na próxima semana, mas a Country Garden já sabe que não terá recursos suficientes para reembolsar os investidores.

A dívida total do grupo sediado na cidade de Fushan, na província de Guangdong, ronda os 1.430 mil milhões de yuans (quase US$ 200 bilhões). Cerca de 10 bilhões da dívida são denominados em dólares.

O calote parece agora inevitável e aumenta a pressão sobre o setor imobiliário e bancário da segunda maior economia do mundo.

A China já estava sendo abalada abalado pelo colapso da Evergrande, a quarta maior incorporadora do país, que está se encaminhando para a liquidação.

O fundador da empresa chegou a ser preso sob a acusação de exportação ilegal de capitais.

Country Garden já chegou à beira da falência em meados deste ano

Em meados de 2023, a Country Garden tinha atrasado o reembolso de uma série de papéis da dívida, evitando o calote no último dia útil.

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A empresa é liderada por Yang Huiyan, que em 2021 era a terceira mulher mais rica da China, com riqueza pessoal estimada em US$ 28 bilhões.

Em dois anos a empresária perdeu 85% da sua fortuna.

Até há poucos meses, os investidores ainda se concentravam na Country Garden, considerada financeiramente segura.

No final de junho a construtora ainda tinha 147 mil milhões de yuans (US$ 20 bilhões) em caixa destinados a terminar as obras de uma série de empreendimentos já pagos por pessoas físicas.

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Mas a crise imobiliária na China aumentou de intensidade nas últimas semanas.

O mercado agora saturado está registrando preços em declínio há seis meses consecutivos. Estima-se que nos últimos anos tenham ficado sem comprador 648 milhões de metros quadrados de apartamentos, o equivalente a 7 milhões de unidades habitacionais de 90 metros quadrados.

O grupo Foshan, que ainda havia arrecadado 32 bilhões de yuans com a venda de apartamentos em setembro de 2022, conseguiu arrecadar apenas 6,2 bilhões de yuans em setembro deste ano.

Sem liquidez e com o sistema bancário a já não conceder crédito ao sector imobiliário, os tradicionais grupos imobiliários chineses estão tentando desesperadamente reestruturar a sua dívida para evitar a falência

“A empresa pretende continuar a cooperar e a dialogar com todos os credores para chegar a uma solução realista”, informou a Country Garden no comunicado que anuncia a impossibilidade de honrar as obrigações vencidas.

Fonte: revistaoeste

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