Sophia @princesinhamt
Economia

Centrais sindicais solicitam autorregulação na nova cobrança do imposto sindical para melhor eficiência

2024 word3
Grupo do Whatsapp Cuiabá

Seis centrais sindicais, em um movimento unificado, divulgaram na quinta-feira 28 um termo no qual defendem a autorregulação da cobrança da contribuição assistencial, que, na prática, vai funcionar como um novo imposto sindical, exigido compulsoriamente de todos os trabalhadores, sindicalizados ou não. O imposto sindical foi extinto em 2017, com reforma trabalhista.

Assinam o Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Força Sindical, a União Geral dos Trabalhadores (UGT), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Central Sindical de Trabalhadores (NCST) e a Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB).

O termo se refere diretamente à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que em 11 de setembro julgou constitucional a cobrança da contribuição assistencial, desde que haja direito de oposição. O trabalhador que não quiser pagar deve informar diretamente ao sindicato o de não ser cobrado.

+ Ministro de Lula elogia decisão do STF sobre imposto sindical, mas quer ir além

Depois disso, alguns sindicatos, como o dos empregados autônomos de Sorocaba (Seaac), já começaram a cobrar os filiados e algumas entidades chegaram a cogitar uma cobrança retroativa.

As seis centrais sindicais mencionam, no termo de autorregulamentação, a necessidade de esclarecer informações falsas de “alguns órgãos de imprensa e projetos de lei apresentados de afogadilho no Congresso Nacional”. Isso provoca “desinformação, constrangimento e prática antissindical, seja por vincularem ao antigo imposto sindical, seja por passar a impressão de que se trata de um desconto fixo, devido por todos, e que exige manifestação individual desvinculado dos processos de negociação efetivos para cada categoria”.

Centrais não definem taxa a ser cobrada como imposto sindical

não pagar imposto sindicalnão pagar imposto sindical
Centrais Sindicais Defendem Autonomia Dos Sindicatos Para Fixar Porcentual Da Contribuição Assistencial | Foto: Reprodução/Agência Câmara

Nos 13 itens chamados de “entendimento comum”, as centrais sindicais afirmam que a cobrança da contribuição assistencial deve ser feita mediante convocação de assembleia com “garantia de ampla informação da pauta a ser tratada, com presença de sindicalizados e não sindicalizados”.

Entretanto, o documento não detalha o porcentual a ser cobrado. “Deve-se observar a autonomia sindical e estatutos das entidades para fins de fixação de percentual e valores razoáveis, com limites que não caracterizem formas indiretas de filiação obrigatória.”

+ Supremo conclui julgamento e recria imposto sindical

Em outro item, as centrais pedem que “não se pratique cobranças abusivas e que fujam dos padrões de razoabilidade e proporcionalidade relacionados ao contexto socioeconômico da categoria”.

Centrais defendem punição para ‘práticas antissindicais’

cut reforma administrativacut reforma administrativa
Incentivo À Oposição À Cobrança É Prática Antissindical, Dizem Centrais | Foto: Ctb/Flickr

Em outro item do termo de autorregulamentação, as entidades defendem punição a “práticas antissindicais de desinformação ou de incentivo à manifestação individual de recusa ao desconto”.

+ Trabalhador pode se recusar a pagar ‘imposto sindical’

O documento também sugere que “em nenhuma hipótese se admita a entrega de oposição ao desconto de contribuição negocial/assistencial, decorrente de negociação coletiva, diretamente para a empresa”.

Fonte: revistaoeste

Sobre o autor

Avatar de Redação

Redação

Estamos empenhados em estabelecer uma comunidade ativa e solidária que possa impulsionar mudanças positivas na sociedade.