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90% da população europeia possui traços de ‘desregulador hormonal’, revela pesquisa

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Um produto químico que atua como desregulador hormonal está presente em quase todos os corpos dos europeus, o que representa um risco significativo à saúde. O produto, conhecido como bisfenol A (BPA) é utilizado nas embalagens de alimentos. Os riscos potencias à saúde dos habitantes da Europa foi divulgado na quinta-feira 14, pela Agência Europeia do Ambiente (AEA).

Em um relatório divulgado à imprensa, a agência declarou: “Uma recente iniciativa de investigação do Horizonte 2020, HBM4EU, mediu substâncias químicas no corpo de pessoas na Europa e detectou BPA na urina de 92% dos participantes adultos de 11 países europeus”.

Sediada em Copenhague, Dinamarca, a AEA afirmou que o percentual de adultos que excede os níveis máximos recomendados variou entre 71% e 100% nos 11 países estudados, referindo-se aos níveis definidos pela Agência Europeia para a Segurança Alimentar (EFSA) numa revisão realizada em abril.

Material presente em mamadeiras

O BPA, que já foi usado na fabricação de mamadeiras até ser proibido na Europa, nos EUA e também em outros países há uma década, ainda é aplicado na fabricação de plástico para algumas embalagens de alimentos e bebidas. Isso significa que a maioria das pessoas está potencialmente exposta a ele enquanto consome bebidas e alimentos.

A investigação sugeriu às autoridades que a substância está ligada a uma série de distúrbios de saúde ligados à perturbação hormonal, como o câncer de mama e a infertilidade. Até o momento, a França é o único país que proibiu totalmente o BPA.

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A Substância Está Presente Também Em Mamadeiras Para Bebês. Imagem/Wikimedia Commons | Reprodução

Discordância entre as agências

As agências de saúde, porém, divergem sobre a quantidade diária tolerável de BPA — o desregulador hormonal — que pode ser consumida ao longo da vida sem, contudo, representar risco à saúde humana. A Agência Europeia de Medicamentos, entidade responsável pela aprovação de medicamentos no continente, contestou os novos níveis máximos recomendados da EFSA.

Ao criticar a metodologia da EFSA, a entidade sugeriu que a agência foi demasiado precipitada “dado que uma ligação causal não foi demonstrada num estudo em animais ou humanos”. Porém, a AEA concluiu que a exposição das pessoas à substância BPA “está bem acima dos níveis aceitáveis de segurança para a saúde, de acordo com os dados de investigação atualizados. Isso representa um risco potencial à saúde de milhões de pessoas”.

Fonte: revistaoeste

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