Nesta segunda-feira, 11, a farmacêutica Moderna anunciou que fechou um acordo com a desenvolvedora de terapias contra o câncer Immatics. O objetivo do acordo é acelerar o desenvolvimento de uma vacina contra a doença. Imediatamente, a empresa deve investir US$ 120 milhões na Immatics a fim de potencializar as pesquisas na área médica.
A ideia é que ambas as empresas trabalhem em conjunto, e que as técnicas para tratamento de câncer que cada uma desenvolveu sejam combinadas. A primeira dessas técnicas é a tecnologia da vacina mRNA, método que foi, inclusive, usado pela Moderna a fim de lançar seu imunizante contra a covid. A segunda, uma imunoterapia — tratamento que vem apresentando resultados positivos no combate ao câncer.
Este tratamento, a imunoterapia, foi desenvolvido para aprimorar artificialmente as células de defesa do próprio paciente de maneira que elas se tornem capazes de não só reconhecer, mas aniquilar as células cancerígenas. Nesse método, as células são modificadas em laboratório.
Método inovador
O método da vacina contra o câncer é bastante semelhante ao CAR-T, que vem sendo testado experimentalmente — e também é considerado pelos cientistas uma aposta no tratamento da doença.
A Moderna e a Immatics, para além do desenvolvimento de vacinas contra o câncer, devem atuar em conjunto a fim de elaborar terapias que melhorem os remédios prescritos para as imunoterapias.
Rose Loughlin, vice-presidente sênior de pesquisa e desenvolvimento da Moderna, em comunicado à imprensa, disse: “Nós acreditamos que esta colaboração deve acelerar o desenvolvimento de novas terapias oncológicas e nos deixará um passo mais perto de dar uma vida nova a pacientes com grandes necessidades médicas não atendidas”.
Cura do câncer no Brasil
Em junho, um paciente brasileiro diagnosticado com câncer teve remissão completa da doença depois de ser submetido a um tratamento experimental à base de CAR-T Cell. Paulo Peregrino, 61 anos, foi o 14º paciente a ser tratado pela terapia que utiliza as próprias células de defesa do paciente modificadas em laboratório.
Fonte: revistaoeste