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Professor na Arábia Saudita é condenado à morte por críticas ao governo em redes sociais

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Um tribunal da Arábia Saudita condenou o professor Mohammed al-Ghamdi à pena de morte por criticar a corrupção do governo atual. O professor usou a própria conta na rede social X, antigo Twitter, para defender os acadêmicos religiosos presos depois de interrogatórios.

O caso foi denunciado em agosto pelo professor e pesquisador Saeed al-Ghamdi, irmão de Mohammed, que mora em Londres devido a um autoexílio.

De acordo com o portal Middle East Eye, o professor condenado à morte criticava também as taxas de desemprego no paí, a inflação e a má gestão de recursos pelo governo. Além disso, ele pedia a liberação dos presos políticos.

“Apelo a todos que tenham alguma capacidade para libertar o pescoço do meu irmão do domínio da ”, publicou o irmão de Mohammed.

De acordo com Saeed, seu irmão foi condenado por defender os estudiosos sauditas Awad al-Qarni, Salman al-Odeh, Ali al-Omari e Safar al-Hawali, todos presos desde 2017 e também condenados à morte. Desde 2022, Mohammed está preso e teve a pena de morte decretada no início de julho.

Outras condenações na Arábia Saudita contra a liberdade de expressão

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Ilustração: Reprodução/Shutterstock

Essa está sendo considerada a primeira sentença à morte motivada por publicações nas redes sociais. Outras condenações por ativismo on-line já haviam acontecido, mas a pena era a prisão.

É o caso de Salma al- Shehab, candidata ao doutorado na Universidade de Leeds, na Inglaterra. Ela foi condenada a 34 anos de prisão em agosto de 2022.

Uma semana depois, Nourah al-Qahtani, que é mãe de cinco filhos, foi condenada a 45 anos de prisão por publicações feitas por duas contas anônimas atribuídas a ela.

As condenações surpreenderam até mesmo os defensores dos e advogados sauditas, segundo o Middle East Eye. Conforme o veículo de comunicação, neste , as irmãs influenciadoras Manahel e Fouz al-Otaibi também enfrentam acusações criminais por publicações nas redes sociais. Elas estariam defendendo a causa feminista.

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Fonte: revistaoeste

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