A Fiat recentemente afirmou que vai retirar do portfólio os carros cinzas e pratas, e assim apostar apenas em cores “mais vivas”. Na ocasião, o CEO da marca, Olivier François, participou de um anúncio em forma de comercial de vídeo em que afirmou: “o mundo não precisa de outro carro cinza”.
Fiat vai mesmo parar de fazer carros cinzas e pratas?
Sim, pelo menos lá na Europa. A princípio, os modelos fabricados por aqui continuarão seguindo a paleta antiga. Isso não quer dizer que as novas cores também não devem chegar por aqui.
No anúncio feito por François, a marca italiana enfatiza que vai dar prioridade a cores mais “vivas”, que refletem o DNA da marca.
“É hora de quebrar as regras: decidimos parar a produção dos carros da Fiat na cor cinza. Isso é desafiador e disruptivo, e visa reforçar ainda mais a liderança da Fiat como a marca da alegria, das cores e do otimismo. A Itália é o país das cores e, a partir de hoje, os carros da Fiat também”, disse ele.
O CEO ainda apresentou a nova paleta de cores com nomes bem interessantes:
- Gelato white
- Sicilia orange
- Paprika orange
- Passione red
- Italia blue
- Venezia blue
- Rugiada green
- Cinema black
Quase 70% dos carros brasileiros só têm 4 cores
Dados da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) revelam que realmente há menos carros coloridos nas ruas. Do total de carros em circulação no país 67% são das seguintes cores:
- branca (21,2%);
- preta (18,9%);
- prata (16,8%);
- cinza (10,2%).
A cor mais chamativa entre as mais adotadas pelos brasileiros é o vermelho, com 15,6% da frota.
Outras cores, como azul, verde, bege e amarela são consideradas residuais e juntas detém 17% do total.
E essa é uma tendência da América do Sul. De acordo com o levantamento da fabricante de tintas automotivas PPG, essas quatro cores são as mais presentes nos veículos:
- Branco (39%)
- Prata (27%)
- Preto (12%)
- Cinza (10%)
O motivo principal não é a preferência dos consumidores, mas sim a demanda do mercado. Em entrevista ao Auto Papo, Paulo Roberto Garbossa, consultor da ADK Automotive, enfatiza que as tonalidades são predominantes porque o mercado as considera mais comerciais.
“As pessoas compram pensando em qual cor será mais fácil para revender o carro. Por isso, elas optam por branco, preto, prata e cinza”, resume.
Outro ponto que dificulta a venda de modelos coloridos é o tempo de espera por um 0 km, uma vez que os estoques das concessionárias nem sempre contam com unidades de cores mais vibrantes. No máximo, um vermelho.
Um sucesso da marca: Fiat Strada Turbo 2024; veja TUDO do que ela é capaz
Fonte: garagem360.com.br