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Moradores do Havaí se atiram no mar como medida de sobrevivência durante incêndios devastadores

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Incêndios florestais devastadores no Havaí mataram 36 pessoas, segundo autoridades do condado de Maui. Os incêndios se alastraram por duas ilhas do Estado norte-americano e prenderam moradores e turistas. Alguns se jogaram no mar para se salvar.

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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou estado de catástrofe natural no Havaí na quinta-feira 10. A decisão permite colocar recursos federais à disposição dos afetados, explicou a Casa Branca, em comunicado.

A rede hospitalar de Maui estava saturada com pacientes com queimaduras e pessoas que inalaram fumaça, segundo a vice-governadora do Havaí, Sylvia Luke, que descreveu a situação como “dramática”. Na ilha, a popular cidade de férias de Lahaina foi dizimada pelo fogo, segundo Sylvia.

“O caminho para a recuperação das áreas afetadas levará anos”, disse a vice-governadora. A cidade já foi a capital do Havaí.

Pelo menos três incêndios florestais tiveram início e começaram a se alastrar em Maui na terça-feira 8. Alguns foram tão intensos que pelo menos uma dúzia de pessoas escapou apenas depois de pular no Oceano Pacífico, de onde foram posteriormente resgatadas pela Guarda Costeira norte-americana.

Destruição

Os incêndios, em grande parte contidos até a noite de quarta-feira 9, foram tão destrutivos devido ao isolamento da ilha, às frágeis cadeias de suprimentos e à dependência do turismo. Eles também destruíram alguns dos patrimônios culturais mais importantes do Havaí. Mais de 800 hectares foram queimados.

O Pentágono mobilizou 134 membros da Guarda Nacional, um corpo militar de reserva, para ajudar nas tarefas de resgate e de combate aos incêndios. Segundo o porta-voz do Departamento de Defesa norte-americano, general Pat Ryder, a Guarda Nacional também forneceu dois helicópteros para apoiar as missões.

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Ryder acrescentou que essas tropas já resgataram 14 sobreviventes nas águas do Havaí, que tentavam se proteger do fogo e da fumaça. A 25ª Brigada de Aviação do Exército e da Marinha dos Estados Unidos também enviou cinco helicópteros.

As autoridades locais pediram aos turistas que deixassem a ilha quanto antes e organizaram ônibus para levá-los ao Aeroporto de Kahului. No local, muitos ficaram bloqueados, pois seus voos foram cancelados ou atrasaram. As pessoas tiveram de dormir no chão.

Fatores dos incêndios florestais no Havaí

Algumas companhias aéreas, como a United Airlines, cancelaram voos para Maui para poder levar aviões vazios para a ilha e retirar passageiros de volta à parte continental dos Estados Unidos.

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Embora meses de seca tenham preparado o cenário para os incêndios, foi a confluência de dois sistemas climáticos — alta pressão, ao norte, e o furacão de categoria 4 Dora, ao sul — que incitaram os ventos que espalharam as chamas em velocidades devastadoras no Havaí.

Incêndios florestais são relativamente comuns nas ilhas havaianas. Cerca de 0,5% da área terrestre do Havaí queima a cada ano, igual ou maior que a proporção queimada de qualquer outro Estado dos Estados Unidos, segundo a Hawaii Wildfire Management Organization.

A tempestade de fogo desta semana, no entanto, foi incomum. A ferocidade dos incêndios destruiu centenas de edifícios, e forçou resgates em massa e corte energia para cerca de 13 mil pessoas.

Revista Oeste, com informações da Agência Estado e agências internacionais

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Fonte: revistaoeste

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