Sophia @princesinhamt
Tecnologia

Alunos de Escola Pública do Espírito Santo desenvolvem mochila com sensor para auxiliar pessoas cegas

2024 word2
Grupo do Whatsapp Cuiabá

Alunos de uma escola pública no Espírito Santo, inovaram e criaram uma mochila com sensor para cegos e pessoas com baixa audição. Eficiente e com baixo custo, o projeto vai representar o Brasil em um evento no México!

O projeto foi realizado por dois grupos de estudantes da Escola Estadual de Tempo Integral Lyra Ribeiros, no bairro Kubitschek, Guarapari. A Madorna, nome dado ao amplificador auditivo, capta o som ambiente e amplifica para fones de ouvido.

Já a mochila, detecta obstáculos em até 180°, emitindo um apito que alerta o usuário. Sob a supervisão de Lúcia Helena Horta Oliveira, professora de Física da escola, os alunos ficaram em 4° e 5° lugares em uma premiação nacional.

Amigos PCD’s

A iniciativa começou com uma provocação da professora.

“O trabalho do professor é orientar. A gente joga uma pergunta. Eles vão fazer uma pergunta e, a partir dessa pergunta, eles vão descobrir três hipóteses para resolver o problema que seria da comunidade”, explicou Lúcia.

Como os estudantes convivem com amigos na escola que têm deficiências visuais e auditivas, resolveram criar algo para melhorar a qualidade de vida de pessoas muito próximas.

Baixo custo e eficiência

Ambos os dispositivos foram produzidos com materiais reciclados, como restos de sucata e canos, o que garante a eles um custo por menos de R$ 200.

O Madorna surgiu da mistura dos nomes “martelo” e bigorna”, ossos do ouvido.

Lorena de Oliveira, estudante que ajudou no projeto do amplificador, explicou que o som que sai do aparelho tem um som limpo e sem ruídos, não incomodando o usuário.

A mochila, chamada de Vision Assistente Model (modelo assistente de visão), segue a mesma linha e poderá ser usada para pessoas com baixa visão que necessitam de bengala ou cão-guia.

“Por não ter acessibilidade, eles acabam ficando em casa e isso impede de irem para a escola e para o trabalho”, explicou Júlia Aragão, participante do projeto.

Júlia ainda lembra que outras tecnologias parecidas disponíveis no mercado custam entre R$ 14 mil e R$ 16 mil.

“A gente pretende abrir uma startup para disponibilizar esse aparelho e ajudar muitas pessoas”, disse.

Leia mais notícia boa

Testado

Os alunos da escola pública Lyra Ribeiros, não perderam tempo e já testaram a mochila para cegos e o amplificador auditivo.

Eduardo Jesus Medeiros Gomes, de 17 anos, tem baixa visão desde os 5 anos e foi a inspiração principal dos colegas na hora de desenvolver o protótipo.

“Ele é bom para pessoas que têm deficiência visual ou que usam bengala”, disse depois de usar o produto.

A inovação foi levada para a feira Movimento Internacional para o Recreio Científico e Técnico (Milset), realizada em junho, em Fortaleza. Ao todo, mais de 200 escolas participaram do torneio.

O bom desempenho no nordeste trouxe aos estudantes a possibilidade de participarem de uma outra exposição, agora internacional. Eles estão buscando apoio financeiro para exporem a inovação no México, em outubro.

A mochila e o sensor auditivo são de baixo custo e feitos com materiais reciclados. Foto: Reprodução/TV Gazeta.

A mochila e o sensor auditivo são de baixo custo e feitos com materiais reciclados. Foto: Reprodução/TV Gazeta.

Com informações de A Gazeta.

Fonte: sonoticiaboa

Sobre o autor

Avatar de Fábio Neves

Fábio Neves

Jornalista DRT 0003133/MT - O universo de cada um, se resume no tamanho do seu saber. Vamos ser a mudança que, queremos ver no Mundo