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Aldeia indígena inicia preparativos para plantio de arroz de sequeiro em área de 100 hectares: saiba mais

Será feito o plantio de 100 hectares de arroz e cinco hectares de milho verde.
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Com a previsão de produzir 300 toneladas de arroz de sequeiro, numa área de 100 hectares, índios Xavantes, da Terra Marãiwatsédé, localizada no município de Alto Boa Vista (1.059 km a Nordeste de Cuiabá), começam os preparativos para o plantio da próxima safra. O cultivo será realizado pelo Governo do Estado por meio da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e prefeitura do município. Toda produção vai atender 17 aldeias e uma população de 1500 indígenas.

O técnico agropecuário da Empaer, Fábio Boeck, destaca que esse será o terceiro ano de plantio de arroz de sequeiro nas terras indígenas e o objetivo é promover a segurança alimentar da população e ensinar técnicas de cultivo, manejo e colheita. No primeiro ano foram plantados 12 hectares, no seguinte, 25 hectares e agora a previsão são 100 hectares. A preparação do solo começa no mês de agosto com a limpeza da área. O sistema de plantio que está sendo usado é o convencional, que utiliza técnicas tradicionais de preparo do solo. Depois disso, ocorre o plantio ou a semeadura e durante todo o desenvolvimento das plantas persistem os cuidados com o solo por meio da capina e do uso de defensivos e fertilizantes.
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O prefeito José Maranhão  reuninu com os parceiros para definir o início da safra.

Conforme Fábio, para o plantio estão utilizando as variedades BRS Cambará e BRS Esmeralda da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A cultivar Esmeralda foi desenvolvida em parceria com a Empaer e lançada em 2013. Além de alta produtividade, o arroz também tem excelentes qualidades de grãos: longo e fino, e, por isso, classificado como de excelente qualidade culinária, com boa aparência e ótima apresentação visual “in natura ou cozido”, explica Boeck.

O prefeito de Alto Boa vista, José Maranhão, comenta que serão plantados 100 hectares de arroz e cinco hectares de milho verde. A preparação do solo na área indígena vai começar este mês, a prefeitura será responsável pela mão-de-obra que utilizará equipamentos agrícolas para o plantio e colheita do arroz. “Nós nos preocupamos com a base alimentar e sabemos da dificuldade que estão enfrentando para manter a comida na mesa da população indígena. Realizamos uma força tarefa que está dando certo, Além da alimentação acredito que a população Xavante vai melhorar a economia das aldeias e se tornarem agricultores familiares aptos para novos cultivos e plantios”, esclarece Maranhão.

O coordenador técnico da Funai no município, Denivaldo Roberto da Rocha, esclarece que estarão fornecendo os insumos, sementes e combustível para essa safra e que o cultivo representa a sustentabilidade dessas famílias. O representante da aldeia Marãiwatsédé e vereador do município, Cosme Rite, declarou que a experiência do cultivo está dando certo para combater a fome das famílias nas aldeias. Toda produção será dividida e o excedente poderá atender outras aldeias que estejam em dificuldade alimentar e o restante para comercialização. “A nossa vontade é produzir em nossas terras e garantir que as aldeias tenham comida suficiente para alimentar as suas famílias”, enfatiza Cosme.
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Colheita safra/2023

 A safra deste ano de 2023, realizaram a colheita de 82 toneladas de arroz de sequeiro, numa área de 30 hectares. A produtividade média foi de 55 sacas (60kg) de arroz por hectares, totalizando 1.375 sacas. Segundo Fábio, a colheita foi realizada de forma mecanizada e a comunidade indígena ensacou toda produção de arroz. Contou com a participação de homens, mulheres e adolescentes que colheram arroz em casca. Toda produção foi encaminhada para a aldeia central que fez a distribuição de forma igualitária.



 

Fonte: @empaer_mt

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