O ovo de galinha teve o maior aumento de preço dos últimos dez anos, com alta superior a 20% nos doze meses mais recentes.
O valor é sete vezes maior que a atual inflação do país, avaliada em aproximadamente 3%.
Antes considerado uma opção barata de proteína e de muita versatilidade no cardápio brasileiro, o ovo tem pesado no bolso do consumidor. Agora, os brasileiros procuram uma nova opção de alimento “coringa”.
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Segundo um levantamento do instituto brasileiro de geografia e estatística (IBGE), o preço do ovo de galinha subiu cerca de 23% apenas em 2023. No mesmo período, carnes bovinas e de frango ficaram mais baratas, com reduções de 6,7% e 3,9%, respectivamente.
Entre os fatores que podem ter influência no recuo da produção e no aumento do preço é a alta no custo da ração. Ao mesmo tempo, as exportações do produto cresceram, em decorrência dos casos de gripe aviária registrados em alguns países.
Dessa forma, o Brasil produz quantidades menores de ovos de galinha e os exporta mais, desequilibrando a oferta e fazendo com que os preços subam.
Aumento de outras exportações
A China é o maior comprador das exportações do agronegócio do Brasil. No primeiro semestre de 2023, por exemplo, as vendas ao país asiático geraram 37% da receita do setor com o mercado externo.
Para efeito de comparação, a segunda posição no ranking de clientes do agronegócio nacional pertence aos Estados Unidos. As vendas aos norte-americanos renderam pouco menos de US$ 5 bilhões e movimentaram por volta de 4 milhões de toneladas.
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Soja in natura é o principal produto para o gigante asiático. Os embarques desse grão corresponderam a 52% de toda a receita do agro brasileiro.
O cereal é amplamente utilizado na indústria de alimentos por ser uma importante fonte de proteína. Desse modo, sua aplicação não se limita apenas à produção de óleos, molhos e farinhas.
Além disso, esse grão é matéria-prima para as rações usadas nas criações de aves e suínos, segmentos em que os chineses são grandes.
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Fonte: revistaoeste