Em um mês, a seita conhecida como “jejum mortal” fez mais uma centena de vítimas no Quênia, país do leste do continente africano. De 303, em 13 de junho, o número de mortos subiu para 403 nesta segunda-feira, 17.
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A quantidade de mortes em decorrência do “massacre de Shakahola”, como o caso também vem sendo chamado, em decorrência da floresta de mesmo nome no território queniano, foi atualizada com a descoberta de 12 corpos. As informações são da agência de notícias AFP.
“Nossa equipe médico-legal pôde exumar 12 corpos hoje”, afirmou, durante entrevista coletiva, a prefeita da região da costa do Quênia, Rhoda Onyancha. Ela confirmou que, dessa forma, as autoridades locais já contabilizam 403 mortos.
A seita do “jejum mortal” tem feito com que autoridades quenianas troquem acusações em público. Nesse sentido, o ministro do Interior do país, Kithure Kindiki, culpou o Poder Judiciário e as forças policiais pelo massacre. De acordo com ele, houve negligência e lentidão na adoção de medidas contra Paul Mackenzie Nthenge, líder do grupo.
“Alguns funcionários do corpo da Polícia Nacional e até do Judiciário têm explicações a dar”, afirmou Kindiki, durante depoimento ao Senado do Quênia. “Houve pouca atenção do Ministério Público nos graves crimes pelos quais Mackenzie Nthenge foi acusado e condenado”, prosseguiu o ministro.
“Jejum mortal” no Quênia: líder da seita é um ex-taxista
Líder da seita do “jejum mortal” no Quênia, Mackenzie Nthenge se apresenta como pastor. Antes de trabalhar como um macabro religioso, ele era taxista. De acordo com a AFP, a denominação sob liderança dele, a Igreja Internacional das Boas Novas, conta com mais de 3 mil membros pelo país africano.
A igreja de Mackenzie Nthenge está em atividade desde 2003. O pastor, conforme o noticiário internacional, parou atrás das grades em duas oportunidades. Na primeira, a acusação foi de radicalização, por incentivar os fiéis a não estudarem. De acordo com a pregação dele, o ensino formal não faz parte da Bíblia.
A segunda prisão teve, contudo, relação com mortes. Conforme a acusação, o religioso teria culpa na morte de duas crianças. De acordo com a denúncia, ele incentivou a prática do jejum. Ele escapou da prisão ao pagar fiança.
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Fonte: revistaoeste