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Cinema

Anthony Hopkins revela que não vê sentido em atuar nos filmes da Marvel: Ator compartilha método para não fazer nada de forma produtiva

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Com os filmes da Marvel sendo os maiores e mais populares na última década, pode-se supor que a maioria dos atores gostaria de entrar para o mundo dos super-heróis. De fato, não faltam estrelas de Hollywood nas produções do estúdio, mas isso não impede que algumas delas vejam a experiência como bizarra ou mesmo pouco compensadora na hora de atuar.

Anthony Hopkins certamente está entre os últimos. O britânico duas vezes vencedor do Oscar interpretou Odin, o pai de Thor (Chris Hemsworth) e governante de Asgard, nos três primeiros filmes do Deus do Trovão. Embora Hopkins não fale de seu tempo na Marvel como algo ruim, certamente o trabalho não exigiu muito dele.

No passado, o astro de O Silêncio dos Inocentes já contou ter adicionado notas no roteiro do primeiro Thor (2011), que diziam “NAR” (sigla para “No Acting Required” ou “Nenhuma Atuação Requerida”). Recentemente, ele foi questionado pela revista The New Yorker sobre como determinou qual cena exigia ou não que ele atuasse.

Com naturalidade, Hopkins explicou que “é algo que eu aplico a tudo que faço.” No cinema, afirmou ele, já encontra quase tudo pronto. Quando há Hemsworth, que é basicamente a personificação de Thor, e um diretor como Kenneth Branagh tomando decisões, ele não tem muito mais a contribuir.

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Marvel Studios
Chris Hemsworth e Anthony Hopkins em cena de Thor: O Mundo Sombrio (2013).

“Eles me colocaram em uma armadura, colocaram uma barba em mim. Eu sentei no trono, gritei um pouco”, descreveu Hopkins. “Se você for colocado diante de uma tela verde, não adianta atuar.”

Quanto ao método “NAR”, ele aprendeu com um dos maiores atores de todos os tempos: o americano Gregory Peck, que faleceu em 2003, aos 87 anos. Hopkins relembrou uma anedota de quando Peck estava gravando Moby Dick na década de 1950. Um dos membros da equipe encontrou um de seus roteiros no set. Ao folhear o documento, o funcionário notou que, em algumas páginas, estava escrito “NAR”.

Indagado sobre o que aquilo significava, Peck respondeu: “Nenhuma atuação é necessária. Apenas olhe para o mar, só isso!” Hopkins gostou tanto da tática que, uma vez consagrado, resolveu adotá-la em projetos que não demandam muito dele. Ao que parece, a franquia Thor foi o terreno perfeito para isso.


Thor: Ragnarok







Fonte: adorocinema

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