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Cinema

Netflix tenta emular sucesso de Chernobyl, mas falha: Análise de uma série de 7 horas que não convence

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Quatro anos se passaram desde que Craig Mazin, agora showrunner da amada The Last of Us, presenteou o mundo das séries com o lançamento de Chernobyl. A brilhante ficção sobre a trágica catástrofe nuclear, ocorrida em 1986, na Ucrânia, é até hoje considerada uma das melhores minisséries já feitas na televisão.

Na minissérie da HBO, Mazin fez um retrato excepcional de uma das maiores catástrofes ambientais da história em cinco episódios brilhantes, focados nos envolvidos, nos causadores do desastre e nos que quiseram manter o escondido do restante do mundo. Os elogios a Chernobyl foram unânimes na época de seu lançamento.

Já no caso da Netflix, a tentativa de produzir uma ficção sobre outra famosa catástrofe nuclear não funcionou tão bem. A série japonesa Três Dias Que Mudaram Tudo relembra o acidente nuclear de Fukushima, ocorrido em ço de 2011, uma catástrofe de nível 7, decorrente dos danos causados por um terremoto e um tsunami.


Três Dias que Mudaram Tudo

Ao longo de seus oito episódios, a série explora o que aconteceu nos dias e imediatamente após a catástrofe. A narrativa gira em torno de relatos de funcionários do governo japonês, funcionários da empresa que administrava a usina, a Tokyo Electric Power Company, e dos trabalhadores de Fukushima que arriscaram suas vidas para evitar um incidente pior.

Mas, embora Chernobyl e Três Dias Que Mudaram Tudo tenham uma premissa bastante semelhante, a série da Netflix recebeu não apenas uma recepção mais morna, mas também bastante hostil, tanto da crítica quanto do público. A trama original japonesa mal tem 33% de avaliações positivas no Rotten Tomatoes e, longe de replicar o sucesso da série de Craig Mazin, acabou passando despercebida em sua chegada ao catálogo da plataforma.

Segundo uma interessante reflexão do The Guardian, Três Dias Que Mudaram Tudo quer ser tão que acaba se tornando enfadonha: “A vontade de não omitir nada pode resultar na desistência do telespectador cansado.”

Fonte: adorocinema

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