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Arqueólogos encontram novas evidências de migração ancestral da humanidade

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Na obscuridade de uma caverna em Laos, país do Sudeste Asiático, arqueólogos descobriram as primeiras evidências dos ancestrais humanos que atravessaram o sudeste da Ásia continental a caminho da Austrália. Segundo os pesquisadores, o fenômeno aconteceu há 86 mil anos.

Uma equipe internacional de pesquisadores que investigava uma caverna cárstica (formada pela corrosão das rochas) localizada no norte de Laos descobriu um fragmento de crânio e o fragmento de um osso da . Os cientistas estimam os fósseis humanos entre 86 e 68 mil anos. Os restos mortais foram encontrados na caverna Tam Pà Ling, sítio arqueológico com um longo histórico de ocupação humana.

Problemas com a datação dos achados arqueológicos

Apesar das estimativas da idade dos achados, os arqueólogos não puderam datar os fósseis diretamente, porque o local é uma área protegida pelo Patrimônio Mundial, e os fósseis estão sob a proteção da lei de Laos. Além disso, os pesquisadores também não podem confiar nos meios usuais de datação, já que os sedimentos contêm carvão, levado para o interior da caverna — mas não foi queimado lá.

Sarah Freidline, antropóloga da Universidade da Flórida Central e líder da pesquisa, recorreu à datação por luminescência e outras técnicas a fim de obter uma estimativa da idade dos sedimentos presentes na região na qual os fósseis foram descobertos. Os registros fósseis encontrados estavam a cerca de 7 metros de profundidade.

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O Osso Da Tíbia Acima, Agora O Mais Antigo Fóssil Descoberto Da Caverna Tam Pà Ling, Foi Encontrado A 7 Metros De Profundidade. (Freidline Et Al., Nature Communications , 2023) | Divulgação

Novas evidências sobre as migrações humanas

A localização da caverna — a 300 quilômetros do mar — sugere para os arqueólogos que os ancestrais migratórios da humanidade não atravessaram ilhas e costas durante suas jornadas para fora do continente africano, mas seguiram também por vales fluviais e regiões florestais.

Kira Westaway, geocronóloga da Universidade Macquarie, na Austrália, falou sobre a do método da datação por luminescência: “Sem a datação por luminescência, esta evidência vital ainda não teria linha do tempo, e o local seria negligenciado no caminho aceito de dispersão pela região”.

O autor sênior do estudo, o dr. Fabrice Demeter, da Universidade de Copenhague, na Dinamarca, disse que “Tam Pà Ling desempenha um papel fundamental na história da migração humana moderna pela Ásia, mas sua importância e valor estão apenas sendo reconhecidos [agora]”.

Westaway conclui o artigo afirmando que “este é realmente o papel decisivo para a evidência de Tam Pà Ling. Finalmente, temos evidências de datação suficientes para dizer com segurança quando o Homo sapiens chegou a esta área, por quanto tempo eles estiveram lá e que rota eles podem ter seguido”.

O artigo completo foi publicado no periódico científico Nature Communications.

Fonte: revistaoeste

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