Se você tem uma longa viagem de avião planejada, é recomendável que não tenha expectativas muito altas quanto à culinária servida a bordo.
“Quando o avião está a 30 mil pés, qualquer comida consumida vai parecer insossa”, diz Daniel Bratan, especialista em nutrologia pela Abran (Associação Brasileira de Nutrologia). Mas a culpa não é dos chefs responsáveis pelas refeições de qualquer que seja a companhia aérea. Há uma explicação científica.
É natural que as pessoas ao viajarem de avião sintam alterações no paladar dos alimentos, e isso ocorre devido à altitude em que a maioria dos aviões viaja. “Há experimentos que mostram a reação de alimentos ao serem testados em diversas condições, como ao ar livre, ao nível do mar e em condições de uma cabine pressurizada, ambiente este semelhante ao de uma aeronave”, descreve Bratan.
Segundo ele, esses estudos apontam que os sabores dos alimentos se modificam em condições de altitudes elevadas, e as pessoas sentem salgados e doces de forma menos intensa. “O sabor azedo, amargo e picante, no entanto, é percebido normalmente, seja qual for a condição do ambiente.”
Uma análise do Fraunhofer Institute for Building Physics, encomendada pela companhia aérea alemã Lufthansa, mostra que, combinada com a baixa pressão, a secura do ar faz com que o sal seja percebido como até 30% menos intenso e o açúcar até 20% menos intenso.
O estudo sugere que os pratos asiáticos, que tendem a ter um aroma mais intenso e são ricos em umami, tendem a reter seu sabor de forma mais eficaz do que os chamados “pratos mais suaves”, como peixes ou aves.
A percepção também está diretamente ligada à forma como os corpos humanos funcionam. “Quando estamos em alta altitude, a umidade do ar cai, fazendo com que nosso olfato perca parte de sua capacidade. Isso acontece porque nossas passagens nasais ficam mais ressecadas devido à falta de umidade, o que dificulta sentir cheiros”, explica Lorena Ellen Da Silva Lima, nutricionista da rede de clínicas AmorSaúde, parceira do Cartão de TODOS, unidade de Teresina, no Piauí.
O olfato e o paladar, explica Lima, estão diretamente ligados, já que as papilas gustativas identificam o gosto ao mesmo tempo que o olfato identifica o cheiro. “Então, se nosso olfato diminuir, nosso paladar também terá uma mudança de percepção do sabor, nesse caso, a redução do sabor.”
Apesar de a experiência gastronômica não ser a mesma de um restaurante cinco estrelas, os alimentos não oferecem risco, desde que a pessoa não seja alérgica a nenhum ingrediente, indica Lisa Afonso, nutricionista clínica e esportiva, especialista em metabolismo, nutrição esportiva e emagrecimento pela FMRP-USP.
“Os pratos são preparados de forma rigorosa —incluindo passagem por temperaturas altas, acima de 65ºC— e depois congelados abaixo de 5ºC, para garantir sua segurança”, diz Afonso.
Caso o passageiro não queira ou não consiga se alimentar com as opções oferecidas, o ideal é levar algo que seja prático e que não dependa de armazenamento adequado e que não tenha risco de estragar. Entre as melhores opções, de acordo com os especialistas consultados por VivaBem, seriam frutas como maçã e pera, mix de frutas secas, oleaginosas e barras de cereais.
Se você tem uma longa viagem de avião planejada, é recomendável que não tenha expectativas muito altas quanto à culinária servida a bordo.
“Quando o avião está a 30 mil pés, qualquer comida consumida vai parecer insossa”, diz Daniel Bratan, especialista em nutrologia pela Abran (Associação Brasileira de Nutrologia). Mas a culpa não é dos chefs responsáveis pelas refeições de qualquer que seja a companhia aérea. Há uma explicação científica.
É natural que as pessoas ao viajarem de avião sintam alterações no paladar dos alimentos, e isso ocorre devido à altitude em que a maioria dos aviões viaja. “Há experimentos que mostram a reação de alimentos ao serem testados em diversas condições, como ao ar livre, ao nível do mar e em condições de uma cabine pressurizada, ambiente este semelhante ao de uma aeronave”, descreve Bratan.
Segundo ele, esses estudos apontam que os sabores dos alimentos se modificam em condições de altitudes elevadas, e as pessoas sentem salgados e doces de forma menos intensa. “O sabor azedo, amargo e picante, no entanto, é percebido normalmente, seja qual for a condição do ambiente.”
Uma análise do Fraunhofer Institute for Building Physics, encomendada pela companhia aérea alemã Lufthansa, mostra que, combinada com a baixa pressão, a secura do ar faz com que o sal seja percebido como até 30% menos intenso e o açúcar até 20% menos intenso.
O estudo sugere que os pratos asiáticos, que tendem a ter um aroma mais intenso e são ricos em umami, tendem a reter seu sabor de forma mais eficaz do que os chamados “pratos mais suaves”, como peixes ou aves.
A percepção também está diretamente ligada à forma como os corpos humanos funcionam. “Quando estamos em alta altitude, a umidade do ar cai, fazendo com que nosso olfato perca parte de sua capacidade. Isso acontece porque nossas passagens nasais ficam mais ressecadas devido à falta de umidade, o que dificulta sentir cheiros”, explica Lorena Ellen Da Silva Lima, nutricionista da rede de clínicas AmorSaúde, parceira do Cartão de TODOS, unidade de Teresina, no Piauí.
O olfato e o paladar, explica Lima, estão diretamente ligados, já que as papilas gustativas identificam o gosto ao mesmo tempo que o olfato identifica o cheiro. “Então, se nosso olfato diminuir, nosso paladar também terá uma mudança de percepção do sabor, nesse caso, a redução do sabor.”
Apesar de a experiência gastronômica não ser a mesma de um restaurante cinco estrelas, os alimentos não oferecem risco, desde que a pessoa não seja alérgica a nenhum ingrediente, indica Lisa Afonso, nutricionista clínica e esportiva, especialista em metabolismo, nutrição esportiva e emagrecimento pela FMRP-USP.
“Os pratos são preparados de forma rigorosa —incluindo passagem por temperaturas altas, acima de 65ºC— e depois congelados abaixo de 5ºC, para garantir sua segurança”, diz Afonso.
Caso o passageiro não queira ou não consiga se alimentar com as opções oferecidas, o ideal é levar algo que seja prático e que não dependa de armazenamento adequado e que não tenha risco de estragar. Entre as melhores opções, de acordo com os especialistas consultados por VivaBem, seriam frutas como maçã e pera, mix de frutas secas, oleaginosas e barras de cereais.
Fonte: uol
Colunista: @chefcarlosmiranda