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Economia

Plano de Lula não será suficiente para evitar paralisação de fabricantes de automóveis no Brasil

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O plano do governo federal para reanimar o mercado de carros por meio de incentivos fiscais não vai ser suficiente para evitar as paralisações das montadoras, bem como sua ameaça sobre o emprego. O incentivo à indústria automotiva trouxe um respiro curto às fábricas de veículos.

Mesmo com os descontos patrocinados pelo governo, as fábricas de carros beneficiadas pela medida voltaram a parar suas linhas, depois de anteciparem a produção no mês passado. A avaliação é que os estoques são suficientes para cobrir o volume de vendas, estimado em torno de 100 mil carros.

O setor começou o mês com pouco mais de 250 mil veículos nos pátios de fábricas e concessionárias, sendo que, desse total, 115 mil unidades são carros aptos a receber os créditos tributários autorizados pelo Ministério da Fazenda.

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) estimou que os descontos do governo não devem durar muito mais do que um mês.

Hyundai

Na terça-feira 6, a Hyundai interrompeu a produção do Hb20 em Piracicaba, no interior de São Paulo. Todos os turnos de trabalho, além de departamentos administrativos, tiveram as atividades suspensas por três dias para adequar a produção do mês à demanda à frente. A produção da Hyundai só será retomada na segunda-feira 12.

Renault

No Paraná, a Renault vai parar durante toda a semana que vem a produção de carros de passeio em São José dos Pinhais. A montadora deixará de produzir cerca de 3,8 mil carros durante a semana, quando os trabalhadores terão férias coletivas.

Depois disso, a partir de 3 de julho, haverá um layoff — suspensão de contratos de trabalho — que vai reduzir de dois para um turno a produção de carros de passeio na fábrica da Renault.

No total, mil trabalhadores serão afetados, incluindo o pessoal das linhas de motores e injeção de alumínio, que também terão um turno suspenso a partir de 10 de julho. Os trabalhadores ficarão afastados pelo período de dois a três meses, em decisão comunicada pela montadora na semana passada.

Chevrolet

A partir de segunda-feira 12, também vai parar por dez dias a fábrica da General Motors (GM) em Gravataí, Rio Grande do Sul.

Em São José dos Campos, no interior paulista, a GM desliga as linhas nas próximas duas semanas.

Volkswagen

A Volkswagen anunciou oficialmente a desistência de um layoff em Taubaté, no interior paulista. Porém, em São José dos Pinhais, a Volks levou adiante a suspensão de um dos turnos de produção da montadora. A medida deve durar de dois a cinco meses.

Fonte: revistaoeste

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