Publicado em:
26/05/2023 às 11:12:00
Fonte: Assessoria da prefeitura
Rios cachoeiras, mata virgem e a possibilidade de uma vivencia dentro de uma das mais tradicionais e remotas tribos indígenas de Mato Grosso, são esses os ingredientes que estão sendo avaliados para a formatação pela Prefeitura de Juina para aquisição de Plano de Visitação em terras indígenas. A meta e trazer mais qualidade de vida e autonomia as povos originários que compõem o município.
Os primeiros levantamentos estão sendo feitos pelo condutor e guia de turismo Wagner Patrik da empresa MT EXTREMO | INSTITUTO DE ECOTURISMO SUSTENTÁVEL DE MT ele é o coordenador técnico para a realização do inventário da oferta turistica e plano municipal de turismo do município de Juina. Em visita a Etnia dos Enawenê-Nawê acompanhado da Secretária de Esporte Lazer e Turismo, Estefânia Basílio e da Assessora do Departamento de Turismo, Adriana Bourschaid. Patrik conta que ficou maravilhado. “Nunca vi uma cultura tão bem preservada e tão rica”.
“Em pesquisa de interesse turístico foi realizado na a comunidade indigena EnawenêNawê chegou se a conclusão que o ambiente é propício a prática de etnoturismo e ecoturismo e que toda a comunidade está entusiasmada e deseja muito que aconteça na esperança que a abertura para o turismo possam alçar autonomia e fortalecimento da cultura tradicional EnawenêNawê.
Patrik comenta que no início os desafios são grandes mas que em breve a comunidade irá colher o fruto do trabalho que vem sendo realizado.
“É chegado a hora dos povos originários terem a valorização de sua cultura e a representatividade que merecem”.
“O etnoturismo pode ser definido como uma forma de turismo que valoriza e respeita as culturas e tradições de grupos étnicos distintos, buscando estabelecer uma relação de respeito e colaboração entre visitantes e comunidades locais. Para a etnia indígena Enawenê-Nawê, o etnoturismo se apresenta como uma importante fonte de valorização e preservação de sua cultura, e isso seria fundamental uma vez que nos deparamos um uma cultura totalmente preservada de um povo que mantém uma tradição milenar através da forma como vivem como se relacionam com a natureza com seus rituais e modo de viver”.
“Os Enawenê-Nawê são uma etnia indígena que vive na região do Alto Juruena, no Mato Grosso a aproximadamente 180 Km do centro se Juina. Com uma população estimada em cerca de 1600 indivíduos, eles possuem uma cultura rica e complexa, que inclui a prática da pesca feita com barragem e no período de rituais feito com uso do timbó, rituais diarios durante a madrugada, a construção de casas comunitárias atualmente com 52 casas,a produção de artesanato e comidas tradicionais que vão do beijú acompanhando peixes a bebidas como achicha a base de mandioca ou milho”.
O etnoturismo é o ecoturismo na comunidade se apresenta como uma oportunidade para os Enawenê-Nawê compartilharem sua cultura com o mundo, ao mesmo tempo em que geram renda e fortalecem sua autonomia e autodeterminação. Por meio de visitas guiadas, os turistas têm a chance de aprender sobre as tradições e práticas da etnia, enquanto contribuem para a conservação das florestas e rios da região.
Além disso, o etnoturismo pode ajudar a fortalecer a autoestima e a autoconfiança dos EnawenêNawê, que muitas vezes enfrentam desafios como a pressão de empresas madeireiras, empresas com interesse em instalar PCH nos rios ao qual a etnia depende e garimpeiros ilegais em suas terras. Ao compartilhar sua cultura e receber visitantes, os Enawenê-Nawê afirmam sua identidade e reforçam seu direito de viver em seus territórios tradicionais.
“É importante ressaltar que o etnoturismo é o etnoturismo deve ser conduzido de forma responsável e consciente na comunidade indigena, respeitando os valores e a privacidade das comunidades locais. Os Enawenê-Nawê, assim como outras etnias indígenas, têm o direito de controlar o acesso a seus territórios e decidir como desejam compartilhar sua cultura com os visitantes”.
A viabilidade do roteiro e concreta, o etnoturismo e o ecoturismo se apresenta como uma importante ferramenta para a valorização e preservação do meio ambiente e da cultura da etnia indígena Enawenê-Nawê, ao mesmo tempo em que contribui para a geração de renda e o fortalecimento de sua autonomia e autodeterminação. É fundamental que essa prática seja conduzida de forma consciente e responsável, respeitando os valores e as tradições dessa comunidade tão importante para a diversidade cultural do país.