Sophia @princesinhamt
Cinema

Como o filme de Tarantino levou um astro de Hollywood à aposentadoria por perda de memória das falas

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Agora com 61 anos e por mais de dois anos depois de passar as últimas três décadas de sua carreira lidando com a doença de Parkinson, diagnosticada quando tinha apenas 29, Michael J. Fox lembra o momento exato em que percebeu que era hora de parar. Aconteceu em 2020, enquanto gravava uma participação especial na série The Good Fight. E um filme de Quentin Tarantino teve a ver com sua decisão.

Foi o próprio Michael, eterno Marty McFly de De Volta para o Futuro, quem contou isso em entrevista à revista Empire, na qual promoveu seu documentário biográfico Still: Ainda Sou Michael J. Fox, que chega ao catálogo da Apple TV+ nesta sexta-feira (12). A produção mergulha nas diferentes fases de sua trajetória, desde seu início e sua ascensão ao estrelato com a famosa trilogia de Robert Zemeckis até os anos mais recentes, quando os desafios de sua condição começaram a ser intransponíveis.

Michael se lembra de estar no set de The Good Fight e ter problemas para memorizar os diálogos, o que rapidamente o levou a um longa de 2019 cujo protagonista, um ator veterano encarnado por Leonardo DiCaprio, vive uma situação semelhante. Se você pensou em Era uma Vez em… Hollywood, acertou! O 9º projeto de Tarantino o fez ver claramente que não queria chegar a tal ponto.

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Brad Pitt e Leonardo DiCaprio em cena de Era uma Vez em… Hollywood.

“Há uma cena em que o personagem de DiCaprio não consegue mais se lembrar de suas falas. Ele para o camarim e grita consigo mesmo no espelho. Fica louco”, citou Michael. “Eu tive aquele momento em que você se olha no espelho e pensa: ‘Não consigo mais me lembrar. Bem, vamos em frente.’ Mas foi tranquilo”, completou.

O astro de Hollywood anunciou que se aposentaria no final de 2020 – e não podemos dizer que foi uma surpresa. Pouco antes, ele já vinha falando abertamente sobre os problemas que estava tendo e como, cada vez mais, sentia dificuldade em decorar o texto. “Minha memória de curto prazo está prejudicada”, admitiu ele à People. “Sempre tive um talento especial para falas e memorização. E tive algumas situações extremas ultimamente, já que os papéis que fiz eram muito prolixos.”

Não há como negar que Michael pôde desfrutar de uma longa e bem-sucedida carreira, embora não como gostaria devido ao avanço do . Ele descobriu ter a doença degenerativa em 1991, quando acabara de concluir a franquia De Volta para o Futuro. Na época, era um dos nomes mais promissores da indústria do entretenimento e optou por manter seu caso em sigilo até 1998.

Confira abaixo o trailer de Still: Ainda Sou Michael J. Fox:

Fonte: adorocinema

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