A eletricidade no segmento automotivo vive o momento mais popular em sua história, isso é um fato. No entanto, esse auge já poderia ter sido alcançado não fosse a desconfiança (injustificável) que o carro elétrico enfrentou em sua jornada.
Origens do carro elétrico
Mesmo que as informações a respeito do tema divirjam, é possível afirmar que o primeiro veículo elétrico foi produzido em 1888, na Alemanha, pelo inventor Andreas Flocken.
O primeiro carro com esta característica surgiu 60 anos depois da criação do primeiro motor elétrico do mundo, elaborado em 1828 pelo engenheiro e inventor húngaro Ányos Jedlik.
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Andreas inclusive nomeou o modelo com o seu nome, o chamando de Flocken Elektrowagen.
O projeto era uma charrete de quatro rodas com motor de 0,7 kW e uma bateria de 100kg. O modelo tinha velocidade máxima de 15 km/h.
Sendo assim, com a produção do primeiro protótipo elétrico há 135 anos, por que demorou tanto para este tipo de veículo ser melhor aceito entre o público?
Motor a combustão mais admitido
O fator primordial para o não aperfeiçoamento inicial dos veículos elétricos no início do século XX, foi a priorização em prol dos modelos a combustão.
O período entre guerras marcou também o início do desenvolvimento dos combustíveis, que foi aprimorado simultaneamente com os automóveis, gerando a união mais convencional possível.
Desta forma, a produção de veículos elétricos foi deixada de lado para priorizar os modelos a combustão em um processo de intensificação pela demanda internacional de combustíveis de alto desempenho, assim como o aumento da busca por automóveis.
Estereótipos atrapalharam desenvolvimento do veículo elétrico
Outro fator paralelo contribuiu para a interrupção do aperfeiçoamento dos primeiros carros elétricos: o preconceito.
Afinal, mesmo há cerca de um século, a eletricidade já começava a chegar em quase todas as partes do mundo, o que permitiria os avanços na produção.
Porém, o forte apelo à fabricação de veículos a combustão em larga escala e o perfil distinto do público dos modelos elétricos ao que convencionalmente era aceito na época, jogaram contra os eletrificados.
Os veículos elétricos eram preferidos por grupos da sociedade com certo poder aquisitivo, em geral mulheres.
E principalmente o segundo ponto, serviu de elemento para a criação de um apelo maior em torno dos modelos a combustão, sobretudo pelo contexto machista mais latente na época.
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Fonte: garagem360.com.br