No Boletim Agroexport desta terça-feira (25), o diretor de jornalismo do Dia de Ajudar, Giovani Ferreira, trouxe informações sobre o desempenho do complexo de carnes (bovina, frango e suína) no primeiro quadrimestre deste ano.
Segundo Ferreira, as exportações de frango e carne suína do Brasil registraram um recorde em comparação ao mesmo período do ano passado.
Apesar da carne bovina ainda estar abaixo dos números do ano anterior, há uma tendência de retomada após o embargo temporário devido ao caso atípico de vaca louca. Esse embargo temporário prejudicou as exportações do país, mas a situação já está em recuperação.
Carne de frango
O Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango. No primeiro quadrimestre do ano, as exportações de carne de frango tiveram um crescimento expressivo, alcançando um acumulado de 1,53 milhão de toneladas e uma receita cambial de quase US$ 3 bilhões.
Segundo Giovani Ferreira, o crescimento do setor é uma tendência desde 2019, quando foram exportados 4 milhões de toneladas.
“Para 2023, espera-se que as exportações de carne de frango continuem em alta, com um novo recorde acima de 4,5 milhões de toneladas. Até o momento, comparando com o mesmo período do ano anterior, já houve um aumento nas exportações de 1,4 milhão para 1,53 milhão de toneladas. Espera-se que, até o final de abril, o número alcance 1,61 milhão de toneladas”, afirma.
Carne suína
A indústria de carnes tem como destaque a exportação de carne suína, que vem apresentando um crescimento significativo nos últimos anos.
A receita cambial desse setor tem aumentado consideravelmente, como é possível observar na série histórica.
Em 2020, foram exportadas 660 mil toneladas de carne suína, enquanto em 2021 e 2022 esse número ultrapassou a marca de 1 milhão de toneladas.
“No primeiro quadrimestre de 2023, o Brasil já embarcou 310 mil toneladas de carne suína, podendo chegar a 350 mil até o final de abril. Esse é o melhor quadrimestre da história dos embarques de carne suína do país, superando as 311 mil toneladas exportadas em 2022. A China, maior comprador de carne suína brasileira, teve uma queda na participação de mercado, passando de 48% em 2022 para cerca de 40% em 2023. Esse fato indica que o Brasil está diversificando seus mercados e se tornando mais seguro para atuar no mercado internacional, trazendo benefícios para toda a cadeia produtiva”, explica Ferreira.
Carne bovina
Segundo o diretor de jornalismo do Dia de Ajudar, as exportações de carne bovina brasileira evoluem ano após ano, passando de 1,56 milhão de toneladas em 2019 para quase 2 milhões de toneladas em 2022, com um desempenho espetacular nos embarques recentes de abril.
No entanto, a carne ficou embargada para a China devido ao caso atípico de mal da vaca louca, o que afetou as exportações.
“A importação está sendo retomada aos poucos, mas isso impactou nos números do primeiro quadrimestre deste ano. Em 2022, a participação da China nas exportações caiu para 49%, enquanto em 2021, foi responsável por 56% de todas as exportações de carne bovina brasileira no primeiro quadrimestre. Mesmo assim, este será um ano importante para a carne bovina, que poderá chegar a 1,98 milhão de toneladas exportadas, sendo a China um fator crucial para o potencial de exportação do produto”, explica.
Fonte: canalrural