As (]*rel=”)noopener(“[^>]*>)vitaminas e minerais são fundamentais para manter o corpo funcionando bem. E uma das mais importantes é a vitamina A, nutriente que atua na renovação celular, no fortalecimento da imunidade e na manutenção da visão.
Em crianças, a vitamina A desempenha um papel ainda mais importante, já que, durante o crescimento e desenvolvimento dos pequenos, ela atua na formação dos ossos, da pele e da visão.
O nome “vitamina A”, na verdade, abrange um grupo de compostos orgânicos lipossolúveis (ou seja, dissolvidos em gordura), incluindo retinol, ácido retinoico e vários carotenoides, como o famoso betacaroteno.
Por ser tão importante, a falta dessa vitamina no corpo pode causar diversos problemas, incluindo cegueira. Confira a seguir quais os principais sintomas da falta de vitamina A e o que pode ser feito para evitar e tratar esse problema.
Quais os sintomas da falta de vitamina A?
Uma das áreas mais afetadas pela falta de vitamina A é o revestimento ocular, o que pode levar a diversos tipos de cegueira (inclusive irreversível, em alguns casos).
Confira os sintomas comuns em quem tem essa deficiência vitamínica, também chamada de xeroftalmia:
Cegueira noturna;
Perda de brilho na córnea;
Ulceração progressiva do globo ocular, com risco para cegueira permanente (ceratomalácia);
Sensibilidade à luz;
Ressecamento dos olhos;
Inflamações na pele;
Infecções frequentes por baixa imunidade;
Falta de apetite;
Atraso no crescimento e desenvolvimento em crianças.
Quem está mais suscetível à falta de vitamina A?
A vitamina A não é produzida pelo corpo e é obtida por meio da alimentação. Assim, indivíduos com alguma doença crônica que cause desnutrição ou dificuldade em absorver vitaminas e minerais a partir dos alimentos estão mais suscetíveis a sofrer com esse tipo de deficiência.
Alguns quadros de saúde que provocam esse contexto são:
Doença celíaca não tratada;
Insuficiência pancreática;
Diarreia crônica;
Por outro lado, existem grupos que estão mais vulneráveis à falta de vitamina A por causa da fase de vida em que se encontram. São eles:
Crianças a partir dos seis meses e que passam a receber alimentos além do leite materno;
Mulheres que amamentam, já que precisam de mais vitamina A para manter a própria saúde.
Por isso, desde 2005, o Ministério da Saúde implementou o Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A, que consiste na suplementação profilática com megadoses de vitamina A para evitar a deficiência nesses grupos.
Existem órgãos específicos que são afetados?
Sim. Os olhos são os órgãos mais afetados, já que a falta da vitamina A é um elemento indispensável para a renovação adequada das células que compõem os tecidos do nosso corpo, incluindo aí o revestimento ocular.
Outros órgãos afetados são:
pele (que se torna descamativa);
mucosas do sistema respiratório (aumentando o número de infecções);
rins (que podem formas pedras com frequência).
Como é feito o diagnóstico da falta de vitamina A?
A deficiência de vitamina A pode ser identificada de três formas:
Avaliação médica com análise de sintomas clínicos;
Exame de sangue com medição de retinol sérico;
Avaliação nutricional.
Qual a quantidade ideal de vitamina A no organismo?
A quantidade recomendada por dia de vitamina A varia de acordo com a idade e costuma ser medida em ER (equivalente de retinol), embora outras formas possam ser utilizadas.
Outra questão importante é que a quantidade é medida em UI (Unidade Internacional). Cada UI equivale a 0,3 microgramas de vitamina A.
Dito tudo isso, as recomendações diárias são:
300 ug ER/dia entre 1 a 3 anos de idade;
400 ug ER/dia entre 4 a 8 anos de idade;
600 ug ER/dia entre 9 a 13 anos de idade;
900 e 700 ug ER/dia para homens e mulheres, respectivamente;
770 ug ER/dia para gestantes;
1300 ug ER/dia para lactantes;
O limite máximo é de 3.000 ug (10.000 UI).
Quais alimentos têm vitamina A?
A vitamina A pode ser encontrada em alimentos de origem animal e vegetal. No primeiro grupo, estão alimentos como:
(]*rel=”)noopener(“[^>]*>)leite integral e derivados (queijos, manteiga, iogurte);
ovos;
peixes como salmão e truta.
Já entre os vegetais, a vitamina A está presente especialmente nos folhosos verde-escuros. Outros alimentos:
(]*rel=”)noopener(“[^>]*>)batata-doce;
(]*rel=”)noopener(“[^>]*>)abóbora;
(]*rel=”)noopener(“[^>]*>)cenoura;
chicória;
goiaba vermelha;
(]*rel=”)noopener(“[^>]*>)caju;
oleaginosas.
Como ingerir a quantidade ideal de vitamina A?
Pessoas saudáveis e com acesso à boas quantidades de alimentos frescos, como frutas, verduras e proteína animal, geralmente têm um boa reserva de vitamina A.
Para isso, é fundamenta incluir vegetais de folhas verde-escuro na dieta, além de frutas e vegetais coloridos (especialmente alaranjados e amarelados). Cereais e bebidas enriquecidas com vitamina A também oferecem um bom aporte do nutriente para o organismo.
Diante da falta de vitamina A, qual médico buscar?
Busque um nutricionista ou um nutrólogo.
Que tipo de suplementação costuma ser indicada?
Uma vez que a deficiência é diagnosticada, a suplementação de vitamina A é recomendada, via oral, em doses elevadas e seguidas por doses mais baixas, até que os sintomas melhorem.
Em casos graves, no entanto, essa aplicação pode ser feita de forma intramuscular também.
Outra recomendação é aumentar a ingestão de alimentos ricos no nutriente para que, no longo prazo, essa deficiência não ocorra mais.
Fonte: Angélica Grecco, coordenadora da nutrição do Hospital Santa Helena e nutricionista do Instituto EndoVitta, em São Paulo; Lorena Ellen Da Silva Lima, nutricionista da AmorSaúde, rede de clínicas associadas ao Cartão de TODOS, que atende na unidade de Teresina (Piauí); Valéria Veloso Machado, nutricionista clínica da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.
Fonte: uol
Colunista: @chefcarlosmiranda