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Falta de Vitamina A: uma questão de saúde pública brasileira. Entenda as causas, principais sintomas e tratamentos disponíveis.

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As (]*rel=”)noopener(“[^>]*>)vitaminas e minerais são fundamentais para manter o corpo funcionando bem. E uma das mais importantes é a vitamina A, nutriente que atua na renovação celular, no fortalecimento da imunidade e na manutenção da visão.

Em crianças, a vitamina A desempenha um papel ainda mais importante, já que, durante o crescimento e desenvolvimento dos pequenos, ela atua na formação dos ossos, da pele e da visão.

O nome “vitamina A”, na verdade, abrange um grupo de compostos orgânicos lipossolúveis (ou seja, dissolvidos em gordura), incluindo retinol, ácido retinoico e vários carotenoides, como o famoso betacaroteno.

Por ser tão importante, a falta dessa vitamina no corpo pode causar diversos problemas, incluindo cegueira. Confira a seguir quais os principais sintomas da falta de vitamina A e o que pode ser feito para evitar e tratar esse problema.

Quais os sintomas da falta de vitamina A?

Uma das áreas mais afetadas pela falta de vitamina A é o revestimento ocular, o que pode levar a diversos tipos de cegueira (inclusive irreversível, em alguns casos).

Confira os sintomas comuns em quem tem essa deficiência vitamínica, também chamada de xeroftalmia:

Cegueira noturna;

Perda de brilho na córnea;

Ulceração progressiva do globo ocular, com risco para cegueira permanente (ceratomalácia);

Sensibilidade à luz;

Ressecamento dos olhos;

Inflamações na pele;

Infecções frequentes por baixa imunidade;

Falta de apetite;

Anemia;

Atraso no crescimento e desenvolvimento em crianças.

Quem está mais suscetível à falta de vitamina A?

A vitamina A não é produzida pelo corpo e é obtida por meio da alimentação. Assim, indivíduos com alguma doença crônica que cause desnutrição ou dificuldade em absorver vitaminas e minerais a partir dos alimentos estão mais suscetíveis a sofrer com esse tipo de deficiência.

Alguns quadros de saúde que provocam esse contexto são:

Doença celíaca não tratada;

Fibrose cística;

Insuficiência pancreática;

Diarreia crônica;

Giardíase;

Cirrose.

Por outro lado, existem grupos que estão mais vulneráveis à falta de vitamina A por causa da fase de vida em que se encontram. São eles:

Crianças a partir dos seis meses e que passam a receber alimentos além do leite materno;

Mulheres que amamentam, já que precisam de mais vitamina A para manter a própria saúde.

Por isso, desde 2005, o Ministério da Saúde implementou o Programa Nacional de Suplementação de Vitamina A, que consiste na suplementação profilática com megadoses de vitamina A para evitar a deficiência nesses grupos.

Existem órgãos específicos que são afetados?

Sim. Os olhos são os órgãos mais afetados, já que a falta da vitamina A é um elemento indispensável para a renovação adequada das células que compõem os tecidos do nosso corpo, incluindo aí o revestimento ocular.

Outros órgãos afetados são:

pele (que se torna descamativa);

mucosas do sistema respiratório (aumentando o número de infecções);

rins (que podem formas pedras com frequência).

Como é feito o diagnóstico da falta de vitamina A?

A deficiência de vitamina A pode ser identificada de três formas:

Avaliação médica com análise de sintomas clínicos;

Exame de sangue com medição de retinol sérico;

Avaliação nutricional.

Qual a quantidade ideal de vitamina A no organismo?

A quantidade recomendada por dia de vitamina A varia de acordo com a idade e costuma ser medida em ER (equivalente de retinol), embora outras formas possam ser utilizadas.

Outra questão importante é que a quantidade é medida em UI (Unidade Internacional). Cada UI equivale a 0,3 microgramas de vitamina A.

Dito tudo isso, as recomendações diárias são:

300 ug ER/dia entre 1 a 3 anos de idade;

400 ug ER/dia entre 4 a 8 anos de idade;

600 ug ER/dia entre 9 a 13 anos de idade;

900 e 700 ug ER/dia para homens e mulheres, respectivamente;

770 ug ER/dia para gestantes;

1300 ug ER/dia para lactantes;

O limite máximo é de 3.000 ug (10.000 UI).

Quais alimentos têm vitamina A?

A vitamina A pode ser encontrada em alimentos de origem animal e vegetal. No primeiro grupo, estão alimentos como:

fígado;

(]*rel=”)noopener(“[^>]*>)leite integral e derivados (queijos, manteiga, iogurte);

ovos;

peixes como salmão e truta.

Já entre os vegetais, a vitamina A está presente especialmente nos folhosos verde-escuros. Outros alimentos:

(]*rel=”)noopener(“[^>]*>)batata-doce;

(]*rel=”)noopener(“[^>]*>)abóbora;

beterraba;

(]*rel=”)noopener(“[^>]*>)cenoura;

couve;

agrião;

brócolis;

espinafre;

repolho;

acelga;

chicória;

milho;

manga;

mamão;

goiaba vermelha;

(]*rel=”)noopener(“[^>]*>)caju;

caqui;

acerola;

oleaginosas.

Como ingerir a quantidade ideal de vitamina A?

Pessoas saudáveis e com acesso à boas quantidades de alimentos frescos, como frutas, verduras e proteína animal, geralmente têm um boa reserva de vitamina A.

Para isso, é fundamenta incluir vegetais de folhas verde-escuro na dieta, além de frutas e vegetais coloridos (especialmente alaranjados e amarelados). Cereais e bebidas enriquecidas com vitamina A também oferecem um bom aporte do nutriente para o organismo.

Diante da falta de vitamina A, qual médico buscar?

Busque um nutricionista ou um nutrólogo.

Que tipo de suplementação costuma ser indicada?

Uma vez que a deficiência é diagnosticada, a suplementação de vitamina A é recomendada, via oral, em doses elevadas e seguidas por doses mais baixas, até que os sintomas melhorem.

Em casos graves, no entanto, essa aplicação pode ser feita de forma intramuscular também.

Outra recomendação é aumentar a ingestão de alimentos ricos no nutriente para que, no longo prazo, essa deficiência não ocorra mais.

Fonte: Angélica Grecco, coordenadora da nutrição do Hospital Santa Helena e nutricionista do Instituto EndoVitta, em São Paulo; Lorena Ellen Da Silva Lima, nutricionista da AmorSaúde, rede de clínicas associadas ao Cartão de TODOS, que atende na unidade de Teresina (Piauí); Valéria Veloso Machado, nutricionista clínica da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Fonte: uol
Colunista: @chefcarlosmiranda

Sobre o autor

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Carlos Miranda

Business consultant | Gastronomo | Chef Executivo | Pitmasters | Chef proprietário OSSOBUCO Outdoor Cooking