A mandioca é um alimento bastante versátil que pode ser utilizada de diversas formas no cardápio, como frita, cozida, como caldo, acompanhando a carne ou até mesmo como massa para o nhoque.
Esse tubérculo é um dos alimentos preferidos da população brasileira e um dos mais antigos consumidos na América do Sul.
Embora não se saiba exatamente qual país sul-americano descobriu a mandioca, de acordo com o Ministério da Agricultura, ela é de origem brasileira.
Por isso, o dia escolhido para comemorar a mandioca é 22 de abril, data em que os portugueses chegaram ao Brasil em 1500.
Segundo dados da Conab de 2022, o Brasil produziu 18 milhões de toneladas de mandioca, ocupando o quarto lugar no ranking dos maiores produtores do mundo, atrás da Nigéria, Tailândia e Indonésia.
Sara Helena Nogueira, produtora de mandioca em Aguaí, conta que escolheu a mandioca como cultura após a ajuda de um primo engenheiro agrônomo que considerou o solo impróprio para a manga. Embora o trabalho não seja fácil, Sara ama trabalhar com mandioca.
A colheita começa ainda de madrugada, às 3h da manhã, em 60 hectares de arrendamento. Enquanto ela não compra uma área própria, é preciso ter produtividade para fechar as contas. Com ajuda de insumos orgânicos, Sara consegue produzir 18 toneladas por hectare.
Uma das dificuldades na temporada é ajustar a margem de lucros. Em 2022, Sara chegou a receber R$2 por quilo de mandioca.
Este ano, com mais oferta no mercado, a média de preço está em 70 centavos, e às vezes é preciso vender a 50 centavos o quilo.
Sara explica que muitas pessoas plantaram mandioca porque o preço estava bom, e isso aumentou a oferta no mercado, prejudicando o preço. No entanto, ela acredita que o preço pode melhorar, principalmente quando o clima esfriar.
Para quem pensa em entrar no negócio, um dos segredos, segundo Sara, é a gestão financeira. Desde a primeira safra há oito anos, ela aprendeu que é preciso ter controle financeiro e se preparar para lidar com os preços voláteis do mercado.
Fonte: canalrural