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China busca papel de mediadora na busca pela paz entre Israel e Palestina

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Ao conversar em telefonemas separados com os principais diplomatas israelenses e palestinos na segunda-feira 17, o ministro das Relações Exteriores da China, Qin Gang, disse que o governo chinês está pronto para intermediar negociações de paz entre ambos os países. As conversas entre as autoridades ocorrem em meio a movimentos recentes de Pequim para se posicionar como um mediador regional.  

A agência de mídia estatal chinesa Xinhua informou que, durante o telefonema com o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, Qin encorajou “medidas para retomar as negociações de paz” e disse que “a China está pronta para fornecer conveniência para isso”.

Já na conversa com o ministro das Relações Exteriores da Palestina, Riyad Al-Maliki, o chinês afirmou que Pequim apoia a retomada das negociações o mais rápido possível. Em ambas as ligações, ele enfatizou a pressão da China por negociações de paz com base na implementação de uma “solução de dois Estados”.

A proposta de negociação de paz ocorre em um momento de crescente tensão entre ambas as nações. No início deste mês, confrontos na mesquita de al-Aqsa, em Jerusalém, foram condenados por vários países árabes, inclusive a Arábia Saudita, que afirmou que o “ataque” minou os esforços de paz.

Além disso, a sobreposição do Ramadã e da Páscoa neste ano aumenta a possibilidade de atrito, já que a cidade recebe um fluxo extraordinariamente grande de peregrinos. O ministro chinês teria dito ao seu homólogo israelense que a China se preocupa  “com a atual tensão entre Israel e a Palestina, e a principal prioridade atual é controlar a situação e evitar que o conflito se agrave ou até mesmo fique fora de controle”.

O recente diálogo mostra que a China está em uma ofensiva diplomática, intermediando a restauração dos laços  em março entre o Irã e a Arábia Saudita – rivais em uma região onde os Estados Unidos são o principal intermediário diplomático há décadas.

“A Arábia Saudita e o Irã recentemente restauraram as relações diplomáticas por meio do diálogo, dando um bom exemplo de superação de diferenças por meio do diálogo”, argumentou Qin.

Neste acordo, é provável que haja grandes ramificações na Guerra Civil do Iêmen, no qual ambos os lados estão presos em uma guerra por procuração. Além disso, após negociações entre o presidente Xi Jinping e o russo Vladimir Putin em fevereiro, Pequim produziu um plano de paz para a Guerra na Ucrânia. Ele instou todas as partes a evitar uma escalada nuclear, no entanto, não sugeriu que a Rússia retirasse suas forças.

Apesar dos líderes ocidentais terem rejeitado amplamente a proposta, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, saudou o plano com cautela, mas disse que só seria aceitável caso Putin retirasse suas tropas de todo o território ucraniano ocupado.

Fonte: Veja

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