Autoridades da afirmaram nesta quinta-feira, 26, que nove palestinos foram mortos durante uma batida militar de no campo de refugiados de Jenin, que fica na parte ocupada da Cisjordânia. Se verificado, o ataque seria o mais mortal em anos.
O Ministério da Saúde disse que, além dos nove mortos – entre os quais estava uma mulher idosa, várias pessoas ficaram feridas. A chefe da pasta também acusou as forças israelenses de usar gás lacrimogêneo dentro da ala infantil de um hospital.
“As forças de ocupação invadiram o hospital do governo de Jenin e dispararam intencionalmente bombas de gás lacrimogêneo no departamento de pediatria”, disse Mai al-Kaila.
Ela descreveu a situação no campo de refugiados como “crítica” e disse que as forças israelenses estavam impedindo que as ambulâncias chegassem aos feridos.
Já os militares israelenses disseram que o objetivo da batida era impedir grandes ataques de um “esquadrão terrorista” da Jihad Islâmica Palestina (PIJ). Segundo os soldados, durante uma tentativa de prender militantes, três atiraram contra eles e foram mortos. Um quarto teria se rendido e sido preso.
As Forças de Defesa de Israel acusaram os militantes de estarem “fortemente envolvidos no planejamento e execução de vários grandes ataques terroristas contra civis e soldados israelenses”. Além disso, o exército israelense informou que outros atiradores palestinos abriram fogo contra seus soldados durante o ataque, que responderam e “acertos foram identificados”. Agora, está analisando “reivindicações sobre baixas adicionais”.
A PIJ e o Hamas disseram que seus militantes atacaram os soldados israelenses com tiros e dispositivos explosivos improvisados.
Um porta-voz do presidente palestino Mahmoud Abbas condenou o ataque israelense como um “massacre” acontecendo “sob o silêncio internacional”.
“Isso é o que encoraja o governo de ocupação a cometer massacres contra nosso povo à vista do mundo”, disse Nabil Abu Rudeineh.
As tensões aumentaram recentemente na Cisjordânia, onde o pano de fundo é o que os militares israelenses descrevem como uma ofensiva antiterrorista. Pelo menos 29 palestinos foram mortos pelas forças israelenses na Cisjordânia até agora este ano, incluindo militantes e civis.
No ano passado, mais de 150 palestinos foram mortos na Cisjordânia, quase todos pelas forças israelenses. Os mortos incluíam civis desarmados, militantes armados e atacantes armados. Do outro lado, ataques palestinos contra israelenses mataram mais de 30 pessoas no ano passado, incluindo civis, policiais e soldados.
Fonte: Veja