O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou na China nesta quarta-feira, 12, para uma das mais importantes viagens de seu terceiro mandato. Junto com uma comitiva de empresários, governadores, senadores, deputados e ministros, o petista terá uma longa agenda de trabalhos.
A viagem deveria ter acontecido em 25 de março, mas foi adiada em razão de um diagnóstico de pneumonia do presidente. O roteiro foi levemente encurtado, mas a expectativa é que a viagem possa fortalecer ainda mais a relação sino-brasileira, o que é particularmente importante para o Brasil, que pode utilizar a parceria para suprir carências no setor de infraestrutura.
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Na quinta-feira, Lula participará em Xangai da cerimônia de posse de Dilma Rousseff como presidente do Banco dos Brics, responsável por projetos de infraestrutura e desenvolvimento sustentável dos países emergentes. A ex-presidente foi eleita em março para a chefia do New Development Bank por unanimidade pelo conselho de administração da instituição e substitui o também brasileiro Marcos Troyjo, indicado por Jair Bolsonaro.
Em Xangai, primeira cidade da nossa visita à China, onde participarei da posse de @dilmabr como presidenta do Banco dos Brics.
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— Lula (@LulaOficial) April 12, 2023
Depois da posse, Lula visitará um complexo do gigante de tecnologia Huawei e tem reuniões marcadas com o chefe da montadora BYD, que deve assumir uma antiga fábrica da Ford no estado da Bahia.
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De Xangai, Lula parte para Pequim, onde na manhã de sexta-feira se reúne com o presidente da Assembleia Popular Nacional, Zhao Leji, no Grande Palácio do Povo. À tarde, Lula se encontrará com lideranças sindicais e depois voltará ao Grande Palácio do Povo, onde se reunirá com o primeiro-ministro da China, Li Qiang, e depois será recebido em cerimônia oficial pelo presidente Xi Jinping.
A China é o principal parceiro comercial do Brasil: 27% de tudo o que foi exportado pelo país no ano passado teve como destino o mercado chinês. O governo também pretende usar a ida do presidente ao país para fazer uma virada de página na relação com os chineses, depois das hostilidades do governo de Jair Bolsonaro.
Fonte: Veja