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Rússia prende suspeita por suposto ataque a evento pró-guerra em São Petersburgo

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A polícia de São Petersburgo prendeu, nesta segunda-feira, 3, a suspeita de um ataque que matou o blogueiro militar ultranacionalista Vladlen Tatarsky em um café da cidade na véspera, informou o Comitê Investigativo da Rússia.

Anteriormente, Daria Trepova havia sido adicionada a uma lista de procurados da Rússia como suspeita de conexão com a explosão, que feriu pelo menos 32 pessoas – 10 estão em estado grave.

“Por suspeita de envolvimento na explosão em um café em São Petersburgo, funcionários do Comitê Investigativo Russo, juntamente com serviços operacionais, detiveram Darya Trepova”, disse o Comitê Investigativo da Rússia no Telegram nesta segunda-feira.

O marido de Darya, Dmitry Rylov, disse estar convencido de que ela foi “enganada”. Segundo investigadores, a explosão ocorreu depois que ela entregou um pacote ao blogueiro Tatarsky, e Dmitry acredita que foi uma “armação” para que a esposa fosse incriminada no lugar dos verdadeiros responsáveis.

Falando sobre o evento durante o qual ocorreu a explosão, ele disse à publicação russa independente The Insider: “Tudo o que eu sabia era que Darya precisava, para alguma tarefa ou por algum motivo, dar algum presente, eu nem sabia o quê.”

A explosão ocorreu durante um evento organizado pelo movimento “Cyber Front Z”, um grupo pró-guerra do Telegram. “Queridos amigos e colegas”, disse o grupo em um post no domingo. “Durante nosso evento regular em um café que alugamos, houve um ataque terrorista. Tomamos algumas medidas de segurança, mas, infelizmente, não foram suficientes. Nossas condolências aos familiares e amigos das vítimas”.

Tatarsky apoiou a guerra na Ucrânia e ganhou popularidade desde o início do que a Rússia chama de “operação militar especial”, fornecendo análises e comentários. Ele tinha mais de meio milhão de seguidores no Telegram e, embora fosse agressivamente pró-guerra, às vezes criticava os reveses russos na Ucrânia.

A explosão de domingo lembra o carro-bomba que matou Darya Dugina, filha do influente filósofo ultranacionalista Alexander Dugin, apelidado de “guru de Putin” e considerado “arquiteto” da invasão da Ucrânia, em agosto de 2022. Dugina e Tatarsky frequentavam os mesmos círculos e foram fotografados várias vezes juntos.

Fonte: Veja

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