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Carne de frango: saiba o que dizem estudos e especialistas sobre a sua saúde

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Entre as opções de carnes para compor o prato, o frango normalmente acaba levando vantagem, por ter um preço mais acessível e por ser considerado uma opção “magra”. A carne é muito consumida no Brasil e comum em dietas de emagrecimento, sendo vista como uma alternativa saudável.

(]*rel=”)noopener(“[^>]*>)Segundo a Embrapa, em média, cada brasileiro consome 43 kg de carne de frango por ano, in natura e nas mais variadas formas de processamento (inteiro, em pedaços, salsichas, alimentos prontos etc.).

Ainda segundo o órgão, a produção de carne de frango garante ao Brasil o título de terceiro maior produtor do mundo e primeiro em exportação. O país é responsável por 15% da produção mundial da carne de frango, englobando 32% da exportação mundial.

A carne de frango é saudável?

O frango ganha os pratos da maioria das pessoas que entram em algum tipo de dieta, sendo considerado uma fonte saudável de proteína, com baixas quantidades de gordura (se comparado a alguns cortes de carne vermelha e de porco).

Entretanto, uma (]*rel=”)noopener(“[^>]*>)revisão de estudos, publicada em novembro de 2022 no periódico Advances in Nutrition, buscou relações entre o consumo de aves e a saúde e concluiu que existem poucas pesquisas para apoiar as aves como alimentos saudáveis (ou não saudáveis). A maioria das pesquisas, porém, avaliou apenas indiretamente a ingestão de aves em comparação com outros alimentos.

Outra (]*rel=”)noopener(“[^>]*>)pesquisa, publicada em 2015 no Food & Nutrition Research, teve conclusão diferente. Ao avaliar o papel da carne de aves em uma dieta balanceada visando a manutenção da saúde e do bem-estar, mostrou que a carne do frango in natura, sem processamento e sendo um corte com menos gordura é considerada saudável.

Como conclusão, o levantamento apontou que o consumo adequado de carne de frango pode facilitar o controle de peso corporal, com efeito neutro ou positivo sobre o risco de desenvolver as principais doenças degenerativas típicas (doenças cardiovasculares, diabetes e câncer).

“O consumo destas carnes no contexto de uma dieta equilibrada e juntamente com uma ingestão adequada de alimentos à base de proteínas, incluindo os vegetais, provavelmente contribui para a qualidade geral da dieta na população”, conclui a pesquisa.

Segundo Nataniel Viuniski, nutrólogo e membro do Conselho de Nutrição da Herbalife Nutrition, a maior diferença entre as carnes é a quantidade de gordura, principalmente saturada, presente em maior quantidade nas carnes vermelhas e diretamente relacionada às taxas de colesterol.

Assim, de acordo com ele, a carne branca das aves pode ser considerada mais saudável para a saúde cardiovascular e menos calórica. Ele explica que as carnes vermelhas oferecem maior efeito inflamatório, fazendo com que o fígado produza substâncias que levam a lesões nas artérias.

Uma outra (]*rel=”)noopener(“[^>]*>)pesquisa, publicada na revista Nutrients em dezembro de 2022, concluiu algo parecido. “Apenas o consumo de carnes brancas frescas/não processadas e magras parece ter potenciais efeitos benéficos sobre os fatores de risco cardiometabólicos […]. Portanto, a carne branca magra não processada é uma boa alternativa à carne vermelha e uma fonte sustentável de proteínas e (]*rel=”)noopener(“[^>]*>)vitaminas de alta qualidade”, escreveram os autores.

Para a nutróloga Liliane Oppermann, o consumo moderado de carne de frango é considerado saudável e seguro para a maioria das pessoas. A restrição se aplica ao consumo excessivo de proteína em si, que pode sobrecarregar os rins e levar a outros problemas de saúde.

Segundo ela, a recomendação para adultos gira entre 1,6 e 2,2 g de proteína por quilo de peso corporal em um dia. “Existem nutrições específicas para algumas finalidades esportivas, que neste caso podem requerer uma maior ingestão de proteína”, completa.

Sobre formas de preparo e de consumo

Um fator importante a se considerar quando se trata de frango saudável passa por fatores como a forma de preparo e se há ou não processamento do produto. Por exemplo, nuggets e salsichas de frango passam por um processo industrial e recebem adição de outros componentes, não sendo considerados opções saudáveis.

Além disso, segundo a nutricionista Thalita Sanches de Brito, o ideal são opções orgânicas. “Na opção convencional, as aves consomem rações muitas vezes transgênicas e com agrotóxicos, além de muitas vezes serem administrados antibióticos. Já na orgânica, as aves são alimentadas de forma saudável e sustentável.”

O frango não deve ser consumido cru ou mal passado e quanto mais simples o preparo, melhor. “Se o objetivo é manutenção da saúde e processo de emagrecimento, para que incrementar o frango com farinha de trigo e fazer (frito) empanado?”, questiona a nutricionista Paola Cariello.

Para variar o preparo, no caso empanado, ela indica usar uma mistura de farelo de aveia e sementes, o que irá oferecer mais fibras e saciedade e que pode ser assada. “E, para fugir do terrível peito de frango grelhado sem gosto, por que não deixar marinando no azeite e manjericão?”, continua.

Frangos têm adição de hormônios?

Não, os frangos não recebem hormônios para crescer ou para qualquer outro fim, apesar de este ser um mito difundido. A produção, a distribuição e a comercialização de alimentos no Brasil é fiscalizada tanto pela Anvisa como pelas secretarias estaduais e municipais de saúde.

“Essas agências são extremamente rigorosas em relação à qualidade e à segurança dos alimentos, principalmente das carnes. Mesmo que muita gente ainda fale que aves criadas em condições naturais são mais nutritivas, do ponto de vista da saúde pública, os alimentos colocados à disposição da população não contêm nenhum hormônio ou substâncias não permitidas pelas autoridades de saúde”, explica Nataniel.

A adição de hormônios em frangos de corte é proibida. Além disso, segundo a nutróloga Liliane Oppermann, mesmo que a carne de frango fosse criada com hormônios, isso não seria necessariamente prejudicial à saúde humana, pois os hormônios usados na produção animal são geralmente seguros e têm uma curta meia-vida, sendo rapidamente eliminados do corpo.

“Mas é importante ressaltar que escolher carne de frango de criações orgânicas pode ser uma opção interessante, pois esses frangos tendem a ter mais nutrientes e menos gorduras saturadas do que os frangos de corte comuns”, completa.

Fontes: Nataniel Viuniski, nutrólogo e membro do Conselho de Nutrição da Herbalife Nutrition; Liliane Oppermann, nutróloga com título de especialista há 15 anos pela Abran (Associação Brasileira de Nutrologia); Thalita Sanches de Brito, nutricionista da Clínica Dra. Maria Fernanda Barca; Paola Cariello, nutricionista formada pela UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro).

Entre as opções de carnes para compor o prato, o frango normalmente acaba levando vantagem, por ter um preço mais acessível e por ser considerado uma opção “magra”. A carne é muito consumida no Brasil e comum em dietas de emagrecimento, sendo vista como uma alternativa saudável.

(]*rel=”)noopener(“[^>]*>)Segundo a Embrapa, em média, cada brasileiro consome 43 kg de carne de frango por ano, in natura e nas mais variadas formas de processamento (inteiro, em pedaços, salsichas, alimentos prontos etc.).

Ainda segundo o órgão, a produção de carne de frango garante ao Brasil o título de terceiro maior produtor do mundo e primeiro em exportação. O país é responsável por 15% da produção mundial da carne de frango, englobando 32% da exportação mundial.

A carne de frango é saudável?

O frango ganha os pratos da maioria das pessoas que entram em algum tipo de dieta, sendo considerado uma fonte saudável de proteína, com baixas quantidades de gordura (se comparado a alguns cortes de carne vermelha e de porco).

Entretanto, uma (]*rel=”)noopener(“[^>]*>)revisão de estudos, publicada em novembro de 2022 no periódico Advances in Nutrition, buscou relações entre o consumo de aves e a saúde e concluiu que existem poucas pesquisas para apoiar as aves como alimentos saudáveis (ou não saudáveis). A maioria das pesquisas, porém, avaliou apenas indiretamente a ingestão de aves em comparação com outros alimentos.

Outra (]*rel=”)noopener(“[^>]*>)pesquisa, publicada em 2015 no Food & Nutrition Research, teve conclusão diferente. Ao avaliar o papel da carne de aves em uma dieta balanceada visando a manutenção da saúde e do bem-estar, mostrou que a carne do frango in natura, sem processamento e sendo um corte com menos gordura é considerada saudável.

Como conclusão, o levantamento apontou que o consumo adequado de carne de frango pode facilitar o controle de peso corporal, com efeito neutro ou positivo sobre o risco de desenvolver as principais doenças degenerativas típicas (doenças cardiovasculares, diabetes e câncer).

“O consumo destas carnes no contexto de uma dieta equilibrada e juntamente com uma ingestão adequada de alimentos à base de proteínas, incluindo os vegetais, provavelmente contribui para a qualidade geral da dieta na população”, conclui a pesquisa.

Segundo Nataniel Viuniski, nutrólogo e membro do Conselho de Nutrição da Herbalife Nutrition, a maior diferença entre as carnes é a quantidade de gordura, principalmente saturada, presente em maior quantidade nas carnes vermelhas e diretamente relacionada às taxas de colesterol.

Assim, de acordo com ele, a carne branca das aves pode ser considerada mais saudável para a saúde cardiovascular e menos calórica. Ele explica que as carnes vermelhas oferecem maior efeito inflamatório, fazendo com que o fígado produza substâncias que levam a lesões nas artérias.

Uma outra (]*rel=”)noopener(“[^>]*>)pesquisa, publicada na revista Nutrients em dezembro de 2022, concluiu algo parecido. “Apenas o consumo de carnes brancas frescas/não processadas e magras parece ter potenciais efeitos benéficos sobre os fatores de risco cardiometabólicos […]. Portanto, a carne branca magra não processada é uma boa alternativa à carne vermelha e uma fonte sustentável de proteínas e (]*rel=”)noopener(“[^>]*>)vitaminas de alta qualidade”, escreveram os autores.

Para a nutróloga Liliane Oppermann, o consumo moderado de carne de frango é considerado saudável e seguro para a maioria das pessoas. A restrição se aplica ao consumo excessivo de proteína em si, que pode sobrecarregar os rins e levar a outros problemas de saúde.

Segundo ela, a recomendação para adultos gira entre 1,6 e 2,2 g de proteína por quilo de peso corporal em um dia. “Existem nutrições específicas para algumas finalidades esportivas, que neste caso podem requerer uma maior ingestão de proteína”, completa.

Sobre formas de preparo e de consumo

Um fator importante a se considerar quando se trata de frango saudável passa por fatores como a forma de preparo e se há ou não processamento do produto. Por exemplo, nuggets e salsichas de frango passam por um processo industrial e recebem adição de outros componentes, não sendo considerados opções saudáveis.

Além disso, segundo a nutricionista Thalita Sanches de Brito, o ideal são opções orgânicas. “Na opção convencional, as aves consomem rações muitas vezes transgênicas e com agrotóxicos, além de muitas vezes serem administrados antibióticos. Já na orgânica, as aves são alimentadas de forma saudável e sustentável.”

O frango não deve ser consumido cru ou mal passado e quanto mais simples o preparo, melhor. “Se o objetivo é manutenção da saúde e processo de emagrecimento, para que incrementar o frango com farinha de trigo e fazer (frito) empanado?”, questiona a nutricionista Paola Cariello.

Para variar o preparo, no caso empanado, ela indica usar uma mistura de farelo de aveia e sementes, o que irá oferecer mais fibras e saciedade e que pode ser assada. “E, para fugir do terrível peito de frango grelhado sem gosto, por que não deixar marinando no azeite e manjericão?”, continua.

Frangos têm adição de hormônios?

Não, os frangos não recebem hormônios para crescer ou para qualquer outro fim, apesar de este ser um mito difundido. A produção, a distribuição e a comercialização de alimentos no Brasil é fiscalizada tanto pela Anvisa como pelas secretarias estaduais e municipais de saúde.

“Essas agências são extremamente rigorosas em relação à qualidade e à segurança dos alimentos, principalmente das carnes. Mesmo que muita gente ainda fale que aves criadas em condições naturais são mais nutritivas, do ponto de vista da saúde pública, os alimentos colocados à disposição da população não contêm nenhum hormônio ou substâncias não permitidas pelas autoridades de saúde”, explica Nataniel.

A adição de hormônios em frangos de corte é proibida. Além disso, segundo a nutróloga Liliane Oppermann, mesmo que a carne de frango fosse criada com hormônios, isso não seria necessariamente prejudicial à saúde humana, pois os hormônios usados na produção animal são geralmente seguros e têm uma curta meia-vida, sendo rapidamente eliminados do corpo.

“Mas é importante ressaltar que escolher carne de frango de criações orgânicas pode ser uma opção interessante, pois esses frangos tendem a ter mais nutrientes e menos gorduras saturadas do que os frangos de corte comuns”, completa.

Fontes: Nataniel Viuniski, nutrólogo e membro do Conselho de Nutrição da Herbalife Nutrition; Liliane Oppermann, nutróloga com título de especialista há 15 anos pela Abran (Associação Brasileira de Nutrologia); Thalita Sanches de Brito, nutricionista da Clínica Dra. Maria Fernanda Barca; Paola Cariello, nutricionista formada pela UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro).

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