Líderes de sindicatos na convocaram novas manifestações na noite de quinta-feira 16, após o governo do país forçar a aprovação da polêmica reforma da Previdência, que aumentará a idade de aposentadoria de 62 para 64 anos. Centenas de milhares de pessoas se aglomeraram na Place de la Concorde, em , e várias outras cidades francesas.
O presidente francês, , para promulgar a proposta de lei de reforma previdenciária. O projeto seria votado na Assembleia Nacional, mas o governo avaliou que não obteria votos suficientes para ser aprovado.
“Não podemos arriscar totalmente o futuro de nossas pensões”, disse a primeira-ministra francesa, Elizabeth Borne, em meio a vaias e gritos dos legisladores. “Esta reforma é necessária.”
A medida provavelmente inflamará o movimento de protestos que já ocorre há semanas no país.
“Ao recorrer ao [artigo constitucional] 49.3, o governo demonstra que não tem maioria para aprovar o adiamento por dois anos da idade legal de aposentadoria”, tuitou Laurent Berger, chefe do CFDT, um dos sindicatos que lideram os protestos. “O compromisso político falhou. São os trabalhadores que devem ser ouvidos”, acrescentou.
En recourant au 49.3 le gouvernement fait la démonstration qu’il n’ a pas de majorité pour approuver le report de deux ans de l’âge légal de départ en retraite. Le compromis politique a échoué. Ce sont les travailleurs qu’il faut écouter quand on prétend agir sur leur travail.
— Laurent Berger (@CfdtBerger) March 16, 2023
Philippe Martinez, chefe do sindicato CGT, também pediu mais greves e protestos.
A França é cenário de grandes manifestações desde meados de janeiro, com mais de um milhões de pessoas indo às ruas contra o plano do governo. Greves em massa atingiram o transporte e a educação, enquanto na capital Paris , não coletado, há mais de uma semana.
O governo argumentou que a reforma é necessária para manter as finanças do sistema previdenciário fora do vermelho nos próximos anos. Com uma das idades de aposentadoria mais baixas do mundo industrializado, a França gasta mais do que a maioria dos outros países com pensões, quase 14% da produção econômica, segundo a OCDE, clube de países ricos, cujos membros gastam em média 8%.
Fonte: Veja