Elizeu Lourenço da Silva, morador do bairro Costa Verde em Várzea Grande é mecânico, mas foi no período da pandemia, quando ficou desempregado, que resolveu plantar hortaliças, batatinha e mandioca, para sustentar a família. A ideia deu tão certo que ele passou a vender as pequenas produções de outros produtores. Hoje ele conquistou clientela fixa e atende mensalmente mais de 200 fregueses na cidade.
“Eu vendia o pouco que eu produzia e também pegava de colegas que plantavam e não tinham como sair para vender. Graças a Deus deu certo, com o dinheiro que ganho é possível manter a casa e pagar os impostos dos terrenos que tenho e uso para plantar, que muitas vezes ficavam atrasados. É um rendimento certo, conquistei clientes, entrego semanalmente verduras e legumes frescos na casa de algumas pessoas e agora que a prefeitura de Várzea Grande criou essa feira, eu venho aqui também. É uma grande vitrine para todos nós pequenos produtores. Tudo o que trago vendo”, declarou o produtor de agricultura familiar Elizeu Lourenço da Silva.
Assim como Lourenço, 20 pequenos produtores sendo 15 de Várzea Grande e 05 de Nossa Senhora do Livramento participam mensalmente da “Feira da Agricultura Familiar” que ocorre mensalmente no paço municipal da prefeitura de Várzea Grande. A ação é organizada pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural Sustentável de Várzea Grande (SEMMADRS) e possui apoio da das duas prefeituras.
“Esta foi a terceira edição da Feira da Agricultura Familiar que tem objetivo principal de incentivar a comercialização de produtos no local de origem e também buscar a melhoria de vida das famílias desses pequenos, pois sabemos da dificuldade deles em sair para vender. Aqui na feira toda a estrutura é bancada pela Prefeitura de Várzea Grande, o pequeno produtor não tem custo. Ainda orientamos com relação a apresentação e preço dos produtos, verificamos a qualidade, e tudo o que ele precisar”, explica o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural Sustentável de Várzea Grande, Célio dos Santos.
Outra preocupação de quem expõe na “Feira da Agricultura Familiar”, é quanto ao recebimento dos valores vendidos. “Eu vendia somente no dinheiro à vista ou marcava no ‘caderninho’ para receber no final do mês. Depois da orientação dos técnicos da Secretaria utilizo maquininha de crédito e débito, o que aumentou as vendas, pois às vezes a pessoa não tem o dinheiro em mãos”, afirmou Elizeu.
A “Feira da Agricultura Familiar” realizou sua terceira edição neste mês de março e alcançou cerca de R$ 16 mil. “Importante falar que esse valor vai direto para o bolso do pequeno produtor, sem intermediário e sem custos para ele”, informou o coordenador de Desenvolvimento Rural Sustentável, Jhonattan Ferreira, que está à frente da organização da feira.
Balanço – No total, já foram realizadas três Feiras da Agricultura Familiar e cerca de R$ 41 mil em produtos comercializados. Ainda serão promovidas mais noves edições da feira até o final deste ano.
A feira ocorre mensalmente e já tem calendário definido: 05/04 – Quarta-feira (Quinta é feriado); 04/05 – Quinta-feira; 01/06 – Quinta-feira; 06/07 – Quinta-feira; 03/08 – Quinta-feira; 06/09 – Quarta-feira (Quinta é feriado); 05/10 – Quinta-feira; 01/11 – Quarta-feira (Quinta é feriado) e 07/12 – Quinta-feira.
Fonte: @secomvg