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Política

Lúdio quer colocar MT no centro do debate ambiental e cobra fim da Lei Kandir

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O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) já deu o tom das conversas que manterá em diálogo com o governo Federal, com quem agora tem mais alinhamento e proximidade. Inclusive, o parlamentar compareceu ao evento de inauguração do residencial Celina Bezerra, em Rondonópolis, que contou com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e já adiantou que pretende colocar Mato Grosso no centro do debate das questões ambientais e também defendeu o fim da Lei Kandir, que causa graves prejuízos para o estado.

Questionado sobre o que levaria de demanda para o presidente, Lúdio disse que apesar de entender que Mato Grosso tem muitos problemas estruturais, o foco dele é o meio ambiente e falou sobre a importância de mudar o modelo de exploração econômica do estado baseado na monocultura. 

“Precisamos de um olhar do governo Federal para Mato Grosso, que é o único estado do país que concentra três biomas e que sofre em decorrência de um modelo de exploração econômica baseado na monocultura, no veneno que está destruindo estes biomas, precisamos iniciar um processo de transição por meio de política pública para mudar esta lógica e construir um modelo sustentável”, explicou. 

O parlamentar explica que a ciência já construiu o modelo da agroecologia, para recuperar uma relação saudável com os biomas, assim como recuperar a superfície de água que está sofrendo uma redução drástica no estado. “Mato Grosso é centro de uma questão planetária e o governo Federal precisa ter um olhar para isso e isso tem relação com a economia, a questão tributária e com a política ambiental”, reforçou enquanto chegava ao evento, no qual deu carona para uma dos beneficiária do Minha Casa, Minha Vida que era deficiente. 

Outro ponto que Lúdio apontou que é preciso discutir junto ao governo federal e causa grande impacto, principalmente, financeiro no estado é a Lei Kandir. Para ele, a legislação já cumpriu sua tarefa e precisa ser revista. 

“Mato Grosso deixa de arrecadar R$ 27 bilhões por conta dessa lei e é impossível compensar isso sem rever essa legislação para que tenha recurso público para investir em política pública que retorne em benefício à população”, afirmou. 

Questionado sobre como atender essas questões, Lúdio defende uma política que assegure crédito, canais de escoamento, que garanta terras às pessoas. “O que ocorre hoje é que temos 100 mil famílias em assentamentos que estão sendo asfixiadas pela monoculturas por falta de crédito, não tem escoamento, não tem cadeia produtiva organizada para comercializar”, reclamou.

Fonte: leiagora

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