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Agronegócio

Renovação do acordo de exportações pelo Mar Negro está no radar do mercado de trigo

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A Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) para o trigo encerrou fevereiro com preços mais baixos.

O mercado foi pressionado pela ampla oferta oriunda da Rússia, pelo otimismo sobre a renovação do corredor de grãos no Mar Negro e por chuvas em partes das Planícies dos Estados Unidos.

Na terça-feira (28), os preços chegaram ao menor nível desde 21 de setembro de 2022.

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Em fevereiro, os contratos com entrega em maio deste ano acumularam queda de 8,44%.

O analista de Safras & Mercado, Élcio Bento, considera que o agressivo fornecimento russo, que inunda o mercado global, é um fator de queda mais relevante do que o otimismo com o corredor, que seria pontual. Recentemente, o produto russo tem se mostrado competitivo, dominando licitações de importação no norte da África e ofuscando o trigo estadunidense.

Segundo a agência de notícias Reuters, a Turquia adquiriu aproximadamente 790 mil toneladas de trigo via licitação internacional. Traders dizem que a Rússia estava entre os fornecedores, assim como a Ucrânia e outros países, em especial da região do Mar Negro.

Trigo nesta sexta-feira

Os contratos futuros do trigo negociados na Bolsa de Chicago (CBOT, na sigla em inglês) retomaram o pregão desta sexta-feira (3) com preços predominantemente mais altos.

O mercado segue em busca de uma direção, avaliando as incertezas em torno do futuro do acordo para o corredor de grãos no Mar Negro.

Na semana, a posição maio/23 acumula perdas em torno de 1% neste momento.

Os contratos com entrega em maio de 2023 estão cotados a US$ 7,03 1/2 por bushel, baixa de 4,75 centavos de dólar, ou 0,67%, em relação ao fechamento anterior.

Os contratos com entrega em julho de 2023 operam a US$ 7,17 1/2 por bushel, recuo de 4,25 centavos em relação ao fechamento anterior, ou 0,58%.

As negociações com trigo seguem sendo pontuais no mercado brasileiro.

No Rio Grande do Sul, a indicação dos moinhos no FOB interior para este mês de março fica em R$ 1.400 a tonelada.

Para produto de alto padrão (com estabilidade alta) a base de compra fica em R$ 1.450 a tonelada na região das Missões.

Com pagamento entre abril e maio as indicações sobem para entre R$ 1.480 e R$ 1.500 a tonelada.

No porto de Rio Grande/RS – sobre rodas as indicações ficam entre R$ 1.500 e R$ 1.550 a tonelada (dependendo da data de embarque).

Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Élcio Bento, com o frete interno de R$ 150/170 a tonelada, esses preços internacionais não têm atraído o vendedor.

“A safra de verão segue em plena colheita, o que deixa as negociações com trigo em segundo plano. A grande demanda por caminhões eleva o preço do frete e também contribui para a redução do interesse por aquisições com embarques durante esse mês de março. Os moinhos se anteciparam a esse movimento e alongaram os estoques. Por isso, uma melhora no ritmo dos negócios deve ocorrer apenas em meados de abril”, disse.

Fonte: canalrural

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