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‘Macarrão’ de chia, feijão branco, couve e outros são mais saudáveis?

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Nem sempre é fácil consumir vegetais na quantidade adequada regularmente. Primeiro, é preciso ter tempo para escolher os alimentos, e depois conseguir preparar as receitas.

Para facilitar o dia a dia, atualmente é possível encontrar algumas opções de massas com vegetais e cereais no mercado. Há sabores para todos os gostos: feijão branco, grão-de-bico, lentilha, chia, quinoa, milho, couve, ervilha, entre outros.

Mas será que esses alimentos são realmente saudáveis em comparação às massas integrais e tradicionais com trigo? De acordo com as especialistas consultadas por VivaBem, a resposta é complexa e é preciso levar em conta diversos fatores.

As massas industrializadas de vegetais e cereais possuem poucas calorias [assim como as tradicionais de trigo e as integrais] e alto teor de fibras. Portanto, pode ser uma boa alternativa dentro de dietas para emagrecimento. Porém, são produtos de custo elevado, comparado às outras massas industrializadas ou a versões caseiras. Priscila Moreira, nutricionista do Instituto Dante Pazzanese de (SP).

Vantagens e desvantagens

Macarrão verde, massa de vegetais - iStock - iStock
Imagem: iStock
  • Os especialistas em nutrição não consideram as massas vegetais alimentos nutricionalmente completos, muito semelhantes às tradicionais de trigo e integrais.
  • Mas podem fazer parte das refeições de vez em quando e agregar nutrientes importantes, desde que façam parte de uma dieta equilibrada.
  • No entanto, dependendo do sabor e da marca podem contribuir com a quantidade de vitaminas e minerais necessária por dia.
  • Na maioria das vezes, elas contêm também boas quantidades de fibras –o que é benéfico para o organismo ao aumentar a saciedade, melhorar o funcionamento do intestino e até melhorar, de forma indireta, a cardíaca.
  • Além disso, geralmente, possuem pouco sódio, o que é positivo para quem tem hipertensão ou precisa restringir a quantidade de sal das refeições.

“A vantagem é a incorporação de nutrientes diversos no preparo da massa. Isso promove uma ingestão de maior variedade alimentar na dieta. Também são benéficas para quem não pode consumir o trigo por conta da doença celíaca”, destaca Isolda Prado, nutróloga da Abran (Associação Brasileira de Nutrologia) e professora de Nutrologia da UEA (Universidade do Estado do Amazonas).

Para ela, consumir este tipo de alimento acrescenta pequenas quantidades de nutrientes importantes na dieta, como antioxidantes, fibras, cálcio, potássio, magnésio e vitaminas.

De qualquer forma, ao optar por este tipo de alimento, a recomendação é incluir fontes de proteína na dieta, como carnes magras, laticínios e leguminosas.

Comparação com massas integrais e tradicionais

Na hora de escolher, é importante olhar para os nutrientes presentes na massa.

A seguir, veja a comparação de alguns nutrientes em 100g do produto cozido sem sal*:

Fique atento aos rótulos!

A melhor forma de identificar a do alimento do ponto de vista nutricional é olhando com atenção os rótulos. Há diversas massas vegetais disponíveis e algumas podem ser mais saudáveis do que as outras.

“A ordem em que os ingredientes aparecem aponta quais estão em maior quantidade. Portanto, quanto mais itens saudáveis, melhor. Além disso, é importante verificar se o alimento não contém aditivos químicos ou conservantes”, afirma É Oliveira, nutricionista do Hospital Nove de Julho (SP).

A seguir, veja algumas informações que devem ser observadas nos rótulos:

  • Geralmente, os rótulos contêm as quantidades de calorias, carboidratos, proteínas, gorduras e fibras dentro de uma dieta de 2.000 kcal;
  • É importante checar a energia por 100 g e a presença dos itens que compõem o produto: qual possui maior teor de fibras, menor de sódio, se há ausência de gorduras trans ou colesterol, por exemplo;
  • De forma simplificada, quanto menor o número de itens, mais natural é o alimento;
  • Os rótulos contêm informações de ingredientes que causam alergia, como glúten, castanhas, ovos, leite, entre outros;
  • Não se esqueça de olhar a do alimento e como ele deve ser conservado.

*Referências: TBCA (Tabela Brasileira de Composição de Alimentos) e análise de diversas marcas.

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