Somos bombardeados com informações, ficando muito difícil distinguir o que é verdade e o que é fake news.
Muitas vezes somos levados pelas alegações do rótulo, e podemos cair em armadilhas, gastando nosso dinheiro em produtos que parecem ser saudáveis, porém no quesito saúde e emagrecimento deixam muito a desejar.
Veja exemplos a seguir:
Barrinha de cereal
Já virou febre e muitas pessoas criaram o hábito de incluir as barrinhas na alimentação como um lanche rápido. No entanto, a barra de cereal é um concentrado de carboidrato refinado e açúcar, sendo considerada um alimento ultraprocessado.
Já escutei muitos pacientes falando que para matar a vontade de comer um doce consumiam uma barra de cereal, porém, nutricionalmente falando, uma barra de cereal é igual a um chocolate. Sei que parece um absurdo isso, já que são alimentos vendidos com marketing completamente diferente, mas quando olhamos os rótulos, eles são muito similares.
A barrinha no sabor avelã com chocolate, por exemplo, tem 88 kcal e 16 g de carboidratos, dos quais 5,1 g são de açúcar. Já uma barrinha de chocolate com caramelo e biscoito tem 75 kcal, 10 g de carboidratos, dos quais 5 g são de açúcar.
Quer um lanche prático e rápido? Um mix de frutas e castanhas seria a melhor saída, muito mais nutritivo e tão prático quanto.
Sopa em pó
Sei que são práticas e rápidas, afinal você abre o saquinho, coloca na caneca, adiciona água e pronto. Apesar de terem poucas calorias, não são nutritivas.
A sopa em pó tem excesso de sódio —em média, 30% do valor diário recomendado pela OMS. Além disso, sua lista de ingredientes é assustadora —algumas marcas chegam a ter mais de 30 ingredientes, destes, a maioria são substâncias químicas típicas de alimentos ultraprocessados para aumentar o tempo de armazenamento e tentar melhorar sabor e aparência.
Muitas marcas contêm glutamato monossódico. A legislação brasileira permite a adição e não limita o uso, porém na Europa há um limite de 10 g por quilo de alimento, e muitas ultrapassam esse limite. Algumas pessoas acabam sentindo dores de cabeça, enjoos e até ganho de peso com o consumo da substância.
A melhor saída seria fazer uma , por exemplo, que não têm conservantes e não precisam de pré-preparo.
Peito de peru e blanquet de peru
São muito utilizados em dietas com foco no emagrecimento, por terem a fama de serem leves e saudáveis, afinal o peru é um alimento magro. No entanto, apesar de ser supersaboroso, trata-se de um um alimento ultraprocessado e é um embutido, assim como presunto e mortadela.
Possuem excesso de sódio, além da adição de dois conservantes chamados nitratos e nitratos de sódio, que são substâncias relacionadas com o desenvolvimento de alguns tipos de cânceres. Em 2015, a OMS divulgou um relátorio que dizia que apenas 50 g de embutido por dia (que equivale a quatro fatias de peito de peru, por exemplo) aumenta em 18% o risco de .
O ideal é deixar esses embutidos para consumo esporádico e no dia a dia focar em um frango desfiado ou um lombo desfiado, por exemplo, para consumir com fonte de proteína.
Chocolate diet
É difícil encontrar alguém que não gosta de chocolate, e muitas pessoas, para não deixar o consumo de lado durante o processo de emagrecimento, focam na versão diet. O problema é que o chocolate diet não tem um teor reduzido de calorias, pelo contrário, muitos são ainda mais calóricos.
O chocolate diet foi criado para diabéticos que não podem consumir açúcar, com isso a indústria lançou a versão diet com a adição de adoçante. Porém, para manter a mesma consistência do chocolate tradicional, é preciso adicionar mais gordura que a receita tradicional. Aqui é que complica, pois 1 g de açúcar tem 4 kcal, enquanto que 1 g de gordura tem 9 kcal, por isso muitas vezes o chocolate acaba sendo ainda mais calórico.
A saída para quem quer consumir o chocolate e não quer atrapalhar a redução de peso é focar no chocolate amargo com pelo menos 60% de cacau e consumir no máximo 30 g por dia.