Dirigentes russos afirmaram que o plano proposto pela China para resolver o conflito na Ucrânia “merece atenção”, mas não há condições para uma solução “pacífica”. A declaração foi dada nesta segunda-feira, 27.
“Consideramos o plano de nossos amigos chineses com grande atenção. É um processo longo. No momento, não vemos as premissas para que o assunto possa seguir uma via pacífica”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov.
O documento apresentado pela China para colocar fim no conflito entre a Rússia e Ucrânia propõe o respeito à soberania de todos os países, a suspensão de sanções unilaterais, que não se apele para a “mentalidade da Guerra Fria“, o fim das hostilidades, a retomada das negociações de paz, a resolução da crise humanitária, a proteção de civis e prisioneiros de guerra e a proteção das usinas nucleares.
A China também pede que não sejam usadas armas nucleares, além da estabilização das cadeias industriais e de abastecimento, além de ajuda internacional para a reconstrução de ambos os países.
Embora o documento peça a suspensão de sanções unilaterais, hoje a União Europeia impôs um novo pacote de sanções à Rússia, afetando 121 indivíduos e instituições.
“Tudo isto é absurdo. Vemos que impõem sanções a qualquer um apenas para elaborar novas listas”, disse Peskov.
Sergei Lavrov, chanceler russo, assegurou que “a futura ordem mundial está sendo decidida neste momento”. Lavrov disse que está satisfeito por “gigantes como a China e a Índia”, assim como muitos outros países, não terem dado as costas a Moscou.
“Quero enfatizar que não apenas frustramos os planos do Ocidente de isolar e até desmembrar a Rússia, mas também garantimos a cooperação contínua com a esmagadora maioria dos membros da comunidade internacional”, sustentou o chanceler, em uma reunião com os chefes das representações de sua pasta nos entes federados do país.
Fonte: revistaoeste