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EUA: assassinatos em massa com raízes no extremismo dispararam em 10 anos

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O número de assassinatos em massa nos ligados ao extremismo na última década foi pelo menos três vezes maior do que o total de qualquer outro período de 10 anos desde 1970, de acordo com um relatório da Liga Antidifamação publicado nesta quinta-feira, 23.

O relatório também revelou que todos os assassinatos extremistas identificados em 2022 estavam ligados ao espectro político da direita, sendo a maioria relacionados à supremacia branca. Os incidentes incluem um tiroteio em massa racista em um supermercado no estado de , que deixou , bem como outro um tiroteio em massa que no Colorado.

“Não é exagero dizer que vivemos em uma era de assassinatos em massa extremistas”, diz o relatório do grupo Centro de Extremismo da Liga Antidifamação, uma organização não governamental (ONG) internacional que combate o antissemitismo e o racismo.

Dos anos 1970 aos anos 2000, entre dois e sete assassinatos em massa com raízes no extremismo ocorreram a cada década, mas nos anos 2010 esse número disparou para 21, segundo o relatório.

Apenas em 2021 e 2022, já ocorreram cinco incidentes desse tipo – equivalente ao total registrado durante a primeira década do novo milênio.

O número de vítimas também aumentou. De acordo com o relatório, entre 2010 e 2020, 164 pessoas morreram em assassinatos em massa relacionados à ideologia extremista. Isso é muito mais do que em qualquer outra década – exceto nos anos 1990, quando o bombardeio de um prédio federal em Oklahoma City, capital do estado de Oklahoma, matou 168 pessoas.

Segundo a definição do levantamento, assassinatos extremistas são aqueles cometidos por pessoas ligadas a movimentos e ideologias radicais.

Vários fatores combinados aumentaram as taxas de incidentes do tipo entre 2010 e 2020. Houve tiroteios inspirados pela ascensão do grupo Estado Islâmico, bem como um punhado de incidentes visando policiais, após a morte de civis. A maioria está ligada à crescente promoção da violência por supremacistas brancos, disse Mark Pitcavage, pesquisador sênior do Centro de Extremismo.

O centro rastreia assassinatos ligados a várias correntes de extremismo nos Estados Unidos e os compila em um relatório anual. No último levantamento, foram registrados 25 mortes relacionadas ao extremismo em 2022 – uma queda em relação às 33 do ano anterior.

Além disso, 93% dos assassinatos do tipo em 2022 foram cometidos com armas de fogo. O relatório também observou que nenhum policial foi morto por extremistas no ano passado, pela primeira vez desde 2011.

Com o declínio do grupo Estado Islâmico, a principal ameaça no futuro próximo provavelmente serão os atiradores supremacistas brancos, segundo o relatório. O aumento no número de tentativas de assassinato em massa, enquanto isso, é uma das tendências mais alarmantes dos últimos anos, disse o vice-presidente do Centro de Extremismo, Oren Segal.

“Não podemos ficar de braços cruzados e aceitar isso como a nova norma”, disse Segal.

Fonte: Veja

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