“Eu nasci com o diabo em mim. Não pude evitar o fato de ser um assassino, assim como um poeta não pode evitar a inspiração para compor”. Essas foram as palavras de Dr. Henry Howard Holmes, mais conhecido como H.H. Holmes, em seu julgamento pelo assassinato de 27 pessoas no The World’s Fair Hotel, lugar que inspira The Devil in Me, próximo jogo da série The Dark Pictures Anthology que será lançado no dia 18 de novembro.
Assim como os jogos anteriores, The Devil in Me busca inspiração em uma história real para criar sua narrativa. Dessa vez, ela vem de um personagem histórico: o médico especializado em anatomia Herman Webster Mudget, que em 1886 se mudou para Chicago, passou a se chamar Dr. Henry Howard Holmes, e construiu um hotel chamado The World’s Fair Hotel.
Elegante, enorme e refinado, o hotel também era horrível. Passagens secretas, paredes falsas, quartos escondidos e armadilhas mortais eram apenas alguns detalhes das acomodações de um lugar onde os hóspedes raramente encontravam uma saída. Nele, H.H. Holmes se tornou o primeiro – e um dos mais bem-sucedidos – serial killer norte-americano: embora ele tenha confessado 27 assassinatos, estima-se que o número seja bem maior.
The World’s Fair Hotel ficou conhecido como “The Murder Castle”, cenário reimaginado para The Devil in Me. Mas além da história do assassino em série, The Devil in Me também se inspira em filmes de sucesso do horror como O Iluminado, de Stanley Kubrick, de onde os desenvolvedores tentaram captar e reproduzir o senso de claustrofobia e urgência.
É nesse cenário que a pequena produtora de TV especializada em documentários Lonnit Entertainment chega – após um convite suspeito feito por um homem chamado Granthem Du’Met – para produzir o último episódio da primeira temporada de “The Architects of Muders” e tentar garantir verba para uma continuação – e é aí que a aventura começa.
Novidades de The Devil in Me
Uma das principais inovações de The Devil in Me em relação aos outros jogos da série é o inventário pessoal de cada personagem. Cada membro da equipe de filmagem carrega consigo itens relacionados à sua função dentro da produtora, como microfones, câmeras, amplificadores de som e até mesmo um cartão corporativo. Cada um desses objetos pode ser quebrado, perdido, compartilhado e responsável por salvar ou acabar com uma vida – além de ter um uso específico: o cartão corporativo que fica em posse de Charlie Loonit, dono da produtora, pode ser usado para destrancar gavetas que de outra forma não poderiam ser abertas, por exemplo.
A Supermassive criou uma ambientação impressionante para The Devil in Me, com atenção à detalhes que farão o jogador se sentir nos anos 1980, mas também assustadora o suficiente para que ele tenha medo de cada passo, ainda mais em corredores escuros que parecem não levar para lugar nenhum. Para explorar esse cenário, os desenvolvedores ouviram a comunidade e inseriram mecânicas que fizeram falta nos jogos anteriores, além de elevar as possibilidades de interação – tudo demonstrado ao longo do trecho de gameplay de pouco mais de quatro minutos que o Game On teve acesso.
Agora, é possível escalar, subir escadas, pular obstáculos, se espremer em passagens apertadas e, finalmente, correr. Simples, essas mecânicas permitem que o jogador alcance áreas que nos outros jogos de The Dark Pictures seriam inacessíveis, além de permitir a criação de novos tipos de quebra-cabeça que tornam a jogabilidade mais complexa e propositalmente mais confusa.
Mas a série de jogos também chega ao final de sua primeira temporada de forma mais grotesca e extravagante do que em qualquer outro momento, e para isso traz referências de slashers clássicos, como Psicose e Sexta-Feira 13 – espere por muito sangue, tensão e escolhas difíceis que definirão quem sai ou não vivo do The Murder Castle após cerca de sete horas de narrativa.
The Dark Pictures Anthology: The Devil in Me chega em 18 de novembro de 2022 para PC, PlayStation 4, PlayStation 5, Xbox One e Xbox Series X/S.
