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Com retórica afiada, Zelensky pede jatos militares ao parlamento britânico

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“No , o rei é um piloto da força aérea. Na Ucrânia hoje, todo piloto da força aérea é um rei”, disse o presidente da , , ao Parlamento britânico nesta quarta-feira, 8. Em discurso com retórica mais afiada que nunca, ele fez um poderoso apelo a Westminister pelo envio de aviões militares a jato para o campo de batalha contra a , o que aumentaria o contingente de armas ocidentais ofensivas em uma guerra da qual o Ocidente afirma não participar.

Zelensky viajou a Londres nesta quarta-feira, 8, para uma – é apenas sua segunda viagem ao exterior (a primeira foi aos ) desde a invasão russa de seu país há quase um ano. Durante seu discurso, ele agradeceu o Reino Unido por seu apoio e previu a vitória ucraniana sobre Moscou com sua ajuda.

“Sabemos que a liberdade vencerá; sabemos que a Rússia vai perder. Sabemos que a vitória mudará o mundo”, disse ele. “O Reino Unido está marchando conosco rumo à vitória mais importante de nossas vidas.”

De fato, o governo britânico se enxerga como liderança no rol de apoiadores da Ucrânia, e o primeiro-ministro, , como seus antecessores, é um defensor declarado dos interesses de Kiev. Nesta quarta-feira, Sunak anunciou novas sanções contra quem chamou de “elites do Kremlin” e prometeu mais apoio militar, incluindo o treinamento de pilotos de caça ucranianos.

Isso, no entanto, ainda está aquém dos pedidos de Zelensky. O líder ucraniano não deseja instrução sobre como pilotar os aviões, e sim jatos militares em si.

Embora Londres, depois de Washington, seja o maior provedor de assistência militar à Ucrânia (em 2022, forneceram US$ 2,8 bilhões em preciosa ajuda bélica para Kiev e prometeu igualar a quantia em 2023), e ainda lidere a Operação Interflex, iniciativa que treina soldados ucranianos em território britânico, ainda está relutante em enviar caças ao campo de batalha. O que não impediu Zelensky de renovar seu desejo, já bem conhecido.

Depois de fazer referência ao , que treinou como piloto de jato na Royal Air Force, na década de 1970, o líder ucraniano falou de seus próprios pilotos: “Por serem tão poucos e tão preciosos, nós, servos de nossos reis, faremos o possível e o impossível para que o mundo nos forneça aviões modernos para capacitar e proteger os pilotos que estão nos protegendo.”

Ele então apresentou o capacete de um piloto ucraniano ao presidente da Câmara dos Comuns, com a inscrição: “Temos liberdade, dê-nos asas para protegê-la”.

Já fora do governo há meses, o ex-primeiro-ministro britânico , um dos líderes mais próximos a Zelensky, fez um argumento recente de que países ocidentais deveriam estar mais dispostos a enviar aviões sofisticados à Ucrânia.

“Dê aos ucranianos as ferramentas para terminar o trabalho. Dê a eles os sistemas de artilharia de alcance profundo, dê a eles os tanques, dê a eles os aviões, porque eles têm um plano. Eles sabem o que precisam fazer”, disse em um discurso no centro de pesquisas Atlantic Council, em Washington.

De língua afiada, Zelensky encerrou o discurso com um gracejo: “Deixando o parlamento britânico há dois anos, agradeci pelo delicioso chá inglês e deixarei o parlamento hoje agradecendo antecipadamente a todos vocês pelos poderosos aviões ingleses”.

Fonte: Veja

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