O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está em campanha para derrubar Roberto Campos Neto da presidência do . O motivo é um só: o petista tenta empurrar para a gestão de Campos Neto o desastre econômico que deve produzir no país.
Os resultados econômicos alcançados no ano passado são sólidos. E muito disso se deve ao equilíbrio da política monetária nos últimos quatro anos. Roberto Campos, inclusive, foi eleito o presidente do Banco Central do ano pela revista britânica The Banker, em 2021.
Na , Lula prefere deixar de lado o modelo de sucesso. O político quer aumentar os gastos públicos, o que ameaça estourar o endividamento e destruir um dos pilares da economia do país. O petista já deixou claro que seu governo não tem compromisso com a austeridade fiscal.
Resultados acima da média
Com o executivo à frente da autoridade monetária, alinhado com a política econômica de , o Brasil conseguiu marcas históricas. E o desempenho acima da média ocorreu mesmo enfrentando dois grandes problemas mundiais sem precedentes.
Lula critica repetidamente Roberto Campos em razão de os juros básicos da economia — a famosa taxa selic — estarem em 13,75% ao ano. O petista omite, entretanto, que a política monetária do Banco Central pôs o Brasil, pela primeira vez na História, com uma inflação, ao mesmo tempo, menor que a dos Estados Unidos e da Alemanha — países referências para economia global.
Inflação abaixo de países referência
Em 2022,. Ao mesmo tempo, a elevação do custo de vida para norte-americanos e alemães fechou em, respectivamente, 8% e 7,9%.
Esse desempenho ocorreu mesmo enfrentando os dois grandes desafios internacionais: a pandemia por covid-19, que desorganizou as cadeias globais de suprimento, e a invasão russa à Ucrânia, que pressionou o aumento generalizado dos preços ao redor do planeta.
Crescendo mais que a China
Com esses problemas sem precedentes, as decisões tomadas pelo Banco Central foram fundamentais para o crescimento econômico nacional. No ano passado, o aumento do Produto Interno Bruto do Brasil chegou a 3,1%, segundo as estimativas do Fundo Monetário Internacional.
Desse modo, o desempenho brasileiro superou o da China (3%) pela primeira vez em 42 anos. Além disso, .
Lula se sente a ameaçado por Roberto Campos
Essa combinação de crescimento e inflação em patamares melhores que de nações tidas como referência se refletiu em mais empregos. O Brasil criou 2 milhões de novos postos com carteira de trabalho assinada ao longo de 2022. Em quatro anos do mandato de Bolsonaro, a expansão de vagas chegou a 4 milhões. No fim das contas, Roberto Campos traz uma grande ameaça a Lula: a de tomar as decisões que promovam a saúde econômica brasileira, apesar de políticas equivocadas que o atual governo possa promover.
Leia também: reportagem de Artur Piva publicada na Edição 141 da Revista Oeste
Fonte: revistaoeste