A Força Aérea Brasileira (FAB) anunciou nesta segunda-feira, 6, a liberação de voos privados para a retirada de garimpeiros de terras indígenas em Roraima. De acordo com a FAB, serão criados três corredores aéreos para a saída voluntária dos garimpeiros.
Em vigor desde ontem, a medida vai durar uma semana. As aeronaves terão autorização de voo, desde que se mantenham dentro dos limites laterais e verticais estabelecidos.
“A alteração na Zona de Identificação de Defesa Aérea (Zida) acrescenta, ainda, que as aeronaves que decolarem de localidades distantes desses corredores devem voar perpendicularmente até ingresso em um deles, para após prosseguirem em seu voo”, informa trecho da nota da FAB. “Os corredores são de 6 milhas náuticas de largura, o que equivale a cerca de 11 quilômetros.”
Controle do espaço aéreo
Um decreto assinado pelo presidente Lula na semana passada determinou o controle do espaço aéreo na região, como forma de combater o garimpo ilegal e impedir a chegada de equipamentos ilegais e garimpeiros.
Com o espaço aéreo fechado, não indígenas encontraram dificuldade para deixar a área. Setores da inteligência do governo federal e movimento indígena identificaram a fuga de garimpeiros nos últimos dias por terra ou via fluvial.
Demanda dos garimpeiros
A reabertura do espaço aéreo na região ianomâmi era uma demanda do segmento.
“É um momento de pânico para milhares de garimpeiros que pretendem, voluntariamente, deixar a área”, afirmou Jaílson Mesquita, coordenador de articulação política do Movimento Garimpo É Legal. “Pedimos, fizemos a mobilização da forma que se poderia fazer para ajudar, para que não houvesse conflitos.”
Segundo Mesquita, também é preciso manter as vias fluviais abertas para que os garimpeiros que estão de canoa e outras embarcações possam deixar o território.
Fonte: revistaoeste
