1. Bonjour e merci sempre!
Em uma cena de Domicílio Conjugal, de François Truffaut, o filho da classe operária, Antoine Doinel, recém-casado com a mocinha burguesa, reclama que não suporta mais ouvir Christine dizer “merci” compulsivamente. De fato, agradecer é sinônimo de boa educação em todos os idiomas, mas em Paris nunca será demais. Essa marca simples de polidez acompanhada de um sorriso à brasileira é capaz de desarmar até mesmo o parisiense mais mal-humorado.
2. O metrô leva mesmo pra qualquer lugar
A malha ferroviária da cidade é uma das mais antigas e completas do mundo. Compre o passe do metrô, um mapinha e se jogue. Só evite parar ou fazer trocas na Gare Saint-Lazare, que é labiríntica e fácil de se perder.
3. Boulangerie, kebab e supermarché
Nem só de restaurante se vive em Paris. Em quase qualquer padaria (boulangerie) ou supermercado (supermarché) dá pra fazer aquele lanche delicioso que vale por uma refeição e por bem menos. Nas boulangeries mais completas, o cardápio vai além da quiche. Outra opção econômica são os kebabs, os deliciosos e bem servidos sanduíches turcos que estão por toda parte e custam €4,50 em média.
Deixe para gastar um pouco a mais em um programa gastronômico especial e bem pensado, prestigiando os bons chefs. E quando for escolher o restaurante, evite os que estão muito próximos de áreas turísticas. São mais caros e, não raro, menos bons.
4. Pra se entrosar
Parisienses não são extrovertidos, pra dizer o mínimo. Eles têm amigos de infância e um círculo íntimo que dificilmente se altera. Um brasileiro tem “licença poética” de ser mais expansivo e quebrar o gelo, mas no geral vai pegar mal extrapolar. O lugar certo e universal para interagir com estranhos são os bares e boates. Em todo o resto, o mais provável é levar uma cortada.
5. Evite o verão
Verão pode ser uma delícia, mas é o pior momento para estar em Paris. Muito mais turistas do que locais, preços mais altos em todos os serviços e temperaturas que podem chegar a 40ºC ou mais. Se curte viajar no verão, escolha a Côté D’Azur, a Normandia, a Córsega… O território francês é bem grande e não faltam opções. Nos spots mais famosos vai ter muvuca, mas perto do refresco do mar. Paris será mais idílica em todas as outras estações do ano.
6. Entrada gratuita nos museus da vila de Paris
São 11 museus que pertencem ao município e que são gratuitos no mínimo uma vez por mês (geralmente no primeiro domingo). O programa do domingo de portas abertas também se estende a outros museus federais ou particulares, como o d’Orsay e o Louvre. E a maioria também dá direito a gratuidade em quase todos os dias do ano para menores de 18 ou 26 anos! Veja uma lista completa neste site.
7. Jardins e parques
No Jardin du Luxembourg é proibido fazer piquenique, mas em quase todos os outros parques é possível levar uns quitutes, estender um paninho e relaxar na grama. Um piquenique compacto e fancy e não uma farofa, s’il vous plait.
8. Apoie a economia local
Sabe aquele café lindo que você sentou pra fazer a milésima foto idêntica para o Instagram? Tire ao menos uma meia horinha pra curtir o local e peça alguma coisa além de uma garrafa de água (diga “carafe d’eau”), que, sim, é de graça.
9. Paris não é Nova York
O código na cidade é o vestir com sobriedade e pouca excentricidade ou ostentação. Com um estilo exuberante, esteja pronto para atrair olhares curiosos (e por vezes reprovadores). Ok sair vestida com a sua personalidade, mas esteja avisada 😉
10. Clico, logo sabem quem sou
Pode parecer um contrassenso, mas a verdade é que parisienses têm pouco costume de fotografar a cidade, os pratos, os encontros íntimos e não são muito ativos nas redes sociais. Eles são low profile, meio offline e estranham essa captura frenética. Se quiser colar um selo de turista na testa, mantenha a câmera em punho o tempo todo.
11. Café é só o nome
Eu expliquei aqui a diferença entre café, bistrô e brasserie. E que Café é lugar de contemplar, mas que a bebida em si não é nada boa (parece que é por causa da água calcária da cidade). Peça outra coisa.
Fonte: viagemeturismo