O ano de 2022 foi marcado por muitos acontecimentos. Além das eleições presidenciais, a pandemia da covid, que ainda causa apreensões, e a guerra entre Rússia e Ucrânia, que elevou os custos de produção, são alguns a serem lembrados na avaliação do presidente do Sistema Famato, Normando Corral. Para 2023, segundo ele, os olhos dos produtores deverão estar mirados para o mercado.
Normando Corral, que segue à frente do Sistema Famato até o dia 31 de dezembro, após duas gestões, é o entrevistado deste sábado (24) do Estúdio Rural.
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“Foi um ano de muito acontecimento. Tudo isso foi impactando e trazendo muito trabalho. Mas, 2022 acho que foi mais de pontos positivos do que negativos. [Agora] 2023 aí eu já tenho um pouco de preocupação”, comenta Corral.
Mais do que as incertezas políticas, a preocupação, de acordo com ele, é quanto ao mercado.
“Nós temos instituições para que a gente possa agir politicamente, como o Instituto Pensar Agropecuário (IPA) e a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Mas, o que eu tenho mais receio é mercado. O mundo está passando por um momento de crise, embora alguns países tenham crescido”.
Entre as preocupações com o mercado, Corral cita a China. “A gente vê um avanço de novo da covid na China e o mercado chinês impacta no mundo inteiro. A questão do mercado preocupa e nós temos que ficar bem de olho nisso. No interno e no externo”.
Gestão de desafios e conquistas
Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural), Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab), contribuição sindical, guerra entre Rússia e Ucrância e pandemia da covid, conforme Normando Corral, foram alguns dos pontos que marcaram a sua gestão frente ao Sistema Famato entre 2017 e 2022.
“Tiveram momentos importantes. De todas elas eu falo que saímos maior do que entramos. Não tivemos vitória em todas as demandas, mas sempre crescemos. E, coincidentemente, neste período tivemos um crescimento muito grande da produção agropecuária de Mato Grosso”.
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De acordo com Corral, o fato de Mato Grosso ser um grande produtor e ter o maior valor bruto da produção (VBP) se deve à um conjunto de fatores e a união da classe produtiva.
“A vocação nossa é de agropecuária. Nós temos uma grande extensão territorial. Nós temos solos aptos para a produção, temos na maior parte do estado um regime bastante regular de chuvas e, principalmente, a vocação e competência dos produtores rurais. Daqueles que aqui estavam e daqueles que para cá vieram”.
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Fonte: canalrural