Em meio às denúncias de irregularidades na execução do Programa Cozinha Solidária, o líder da oposição na Câmara dos Deputados, Luciano Zucco (PL-RS), protocolou, juntamente com 13 vice-líderes, o Requerimento de Informação de número 275/2025. O documento, endereçado ao ministro do , Wellington Dias, exige dados detalhados sobre os termos de colaboração com as entidades gestoras do programa nos Estados de São Paulo, da Bahia e do Ceará, em função do escândalo das “marmitas invisíveis”.
A iniciativa de oposição surge depois da divulgação da reportagem do jornal O Globo. De acordo com a publicação, a organização não governamental (ONG) , comandada por José Renato Varjão — que teria atuado nos gabinetes do deputado federal Nilto Tatto (PT-SP) e do deputado estadual Ênio Tatto (PT-SP) — não entregou as refeições previstas, mesmo tendo recebido os recursos contratuais.
As investigações mostram que, nos endereços informados pela entidade, não foram constatadas ações de preparação e distribuição de refeições à população local. Além disso, a ONG estaria subcontratando, no mínimo, outras cinco entidades de natureza semelhante, todas ligadas a assessores ou ex-assessores de parlamentares ou ex-parlamentares do Partido dos Trabalhadores (PT).
“Estamos diante de uma denúncia de alta gravidade”, disse Zucco. “E olha que coincidência, o escândalo surge no exato momento em que a primeira-dama e o ministro Dias estão em Roma discutindo a fome no mundo.”
O requerimento também solicita esclarecimentos sobre a viagem de à Itália, para o Encontro da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que conta com a presença da primeira-dama do Brasil, .
Entre os questionamentos, o documento pede:
- a agenda do ministro nessa viagem oficial e se há previsão de encontros reservados com outras autoridades, dentro e fora do evento;
- uma justificativa de interesse público que embase a inclusão da primeira-dama na comitiva, detalhando sua função e agenda, tanto em conjunto com o ministro quanto em compromissos separados; e
- a divulgação integral dos documentos que fundamentaram os pronunciamentos do ministro, contendo os dados sobre as políticas públicas de combate à fome inovadoras na gestão do presidente Lula.
Com essa ação, a liderança da oposição busca não apenas esclarecer as supostas irregularidades ligadas às “marmitas invisíveis”, mas também promover a transparência na aplicação de recursos públicos destinados ao combate à fome.
- Luciano Zucco (PL-RS);
- Coronel Meira (PL-PE);
- Sanderson (PL-RS);
- Rodolfo Nogueira (PL-MS);
- Rodrigo Valadares (União-SE);
- Silvia Waiãpi (PL-AP);
- Coronel Assis (União-MT);
- Sargento Gonçalves (PL-RN);
- Osmar Terra (MDB-RS);
- Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP);
- Evair Vieira de Melo (PP-ES);
- Capitão Alden (PL-BA);
- Zé Trovão (PL-SC); e
- Gustavo Gayer (PL/GO).
Fonte: revistaoeste