Não é de hoje que a Netflix tem sido alvo de crescentes críticas por incluir, em sua programação infantil, conteúdos woke para a promoção de pautas progressistas relacionadas à identidade de gênero e sexualidade. Que isso acontece não somente nesta plataforma é fato, mas o que sempre chama a atenção é que a esquerda coloca as crianças como alvo de suas imposições ideológicas.
Entre os conteúdos que viralizaram nas redes sociais estão trechos de uma série chamada Jurassic World: Acampamento Jurássico, que, de forma óbvia, deveria abordar assuntos relacionados aos dinossauros, mas que ganhou destaque — negativo — por promover a agenda LGBT em suas cenas. Era necessário algo do tipo? Não. É apropriado para as crianças? Também não. Mas, para eles, isso nada importa.
Animações como Moranguinho na Cidade Grande, Guardiões da Mansão do Terror, CoComelon e O Clube das Babás, por exemplo, também investiram em propaganda desse tipo em várias cenas. E não para por aí: em Ridley Jones: A Guardiã do Museu e Transformers há a promoção da linguagem não binária e do pronome neutro, uma pauta que vai além de questões ideológicas, já que prejudica o aprendizado da juventude, que já é precário no Brasil. Com a narrativa de inclusão e igualdade, acabam fazendo exatamente o contrário.
Claro que tudo isso é muito bem pensado. As obras são sempre chamativas, com cores vibrantes, cenas rápidas e sons intensos, o que, segundo especialistas, pode inclusive sobrecarregar o cérebro e impactar a concentração e o comportamento das crianças. O que, para nós, é considerado chato e repetitivo, para eles é o preferido. Os produtores woke entendem isso e unem o alto estímulo à agenda progressista, para impor suas ideias.
Isso já havia chamado minha atenção há algum tempo. Minha filha mais velha, Aurora, raramente assiste TV, porque prefiro que ela se concentre nas imagens dos livros e aprenda descobrindo o que cada brinquedo faz. No pouco tempo em que assiste a algo, com minutos devidamente regrados, sempre selecionamos conteúdos verdadeiramente educativos e de baixo estímulo, em plataformas que oferecem esse tipo de material.
Eu mesmo era assinante da Netflix e, apesar de já ser o serviço de streaming que eu menos utilizava — apenas para assistir a produções específicas —, fui mais um a cancelar a assinatura, seguindo o que inúmeros pais e mães já fizeram nessa campanha que começou nos Estados Unidos e se espalhou pelo mundo.
Não sou ingênuo de achar que os conteúdos woke são exclusivos da Netflix, mas sei que há empresas que não investem nesse tipo de material e focam verdadeiramente em educação, como a Brasil Paralelo, da qual permaneço assinante. E é exatamente esse o caminho que devemos seguir para nos opormos ao que a esquerda quer nos impor: cultura se combate com cultura.
Sempre acho importante enfatizar essa questão porque muitos acreditam que há outras formas de entrar nessa batalha e ter sucesso.
A Netflix está tendo prejuízo com o cancelamento em massa e viu suas ações caírem no mercado, mas isso não é o mais importante nem o mais efetivo, e sim fazermos o contraponto
Precisamos produzir cada vez mais filmes, jogos, séries, documentários, livros etc., para de fato entrar no jogo. Afinal, temos que oferecer outras opções àqueles que chamam a atenção, de forma legítima, para a falta de conteúdos que realmente os interessam e que deveriam estar sendo disponibilizados e comercializados.
Sabendo dessa importância, escrevi, junto à Ana Campagnolo, dois livros: Ele é Ele e Ela é Ela, lançado nesta segunda-feira, 6. O conteúdo é voltado justamente para as crianças, já que a disputa de ideias não está apenas no parlamento ou nas universidades, mas acontece também no imaginário dos mais novos, que são o alvo principal da ideologia de gênero.
Se, como conservadores e cristãos, já não poderíamos aceitar isso, sendo pais, menos ainda. O propósito é ensinar a verdade aos nossos filhos de forma simples e firme, sem abrir espaço para as mentiras progressistas.
Cuide da sua família e faça a sua parte para proteger a próxima geração. Do contrário, outros farão isso por você — mas não para o lado bom.
Fonte: gazetadopovo